sapo na pedra, próximo a água

Sapos: é preciso preservá-los

Os sapos são de suma importância para o equilíbrio ambiental e controle pode ser feito facilmente

As chuvas dos últimos dias, trouxe à tona o debate sobre a necessidade de preservação dos sapos. Sim, embora sejam animais que nem todos gostam, o fato é que são necessários para o equilíbrio da natureza. Numa reportagem recente, a televisão mostrou um fenômeno denominado de reprodução explosiva de sapos do tipo cururu, na cidade de Orlândia, no interior de São Paulo, e com isto, ressurge o velho hábito das pessoas colocarem sal para afastar os anfíbios. Porém, a prática, não é considerada a forma ideal uma vez que queima a pele fina deles, e pode matá-los. Os anfíbios são animais pecilotérmicos com grande importância para o equilíbrio ambiental, mas a maioria das pessoas desconhece isso e, em razão de crendices e superstições, matam os animais, que não oferecem risco de transmissão de doenças, ou bactérias. Saiba que é possível mantê-los vivos sem causar transtornos.
É importante saber que o Brasil é o país que apresenta a maior riqueza de espécies de anfíbios, e com relação aos répteis, perdemos apenas para a Austrália. De acordo com a Fiocruz, existem no Brasil, 517 espécies de sapos catalogadas. Porém, novas espécies estão sempre sendo descritas em nosso país e, assim, especialistas acreditam que, em breve, o Brasil ocupará o primeiro lugar, sendo então o lugar no mundo, que abriga a maior riqueza de espécies de anfíbios e também de répteis.
Para os especialistas, esse é um fato que aumenta muito a responsabilidade do país em relação à preservação dessas espécies, principalmente, diante de fatos que evidenciam a redução populacional desses grupos em várias partes do planeta.

Eles são diversos e muito Importantes para o equilíbrio ambiental

Sapos, rãs e pererecas dificilmente sabem da importância desses anfíbios, que são pertencentes à ordem dos anuros. Como todo animal, eles fazem parte da cadeia alimentar, se nutrindo de insetos e outros invertebrados. Ou seja, entre outras coisas, eles são responsáveis pelo controle de diversas pragas.
Mas essa não é a sua única função. Atualmente, já se sabe que esses animais são bioindicadores, ou seja, sua presença num local funciona como indicador de que o ambiente está em equilíbrio ecológico.
Os anuros são altamente sensíveis às alterações do ambiente. Por depender de ambientes aquáticos e terrestres em bom estado de conservação, qualquer alteração na qualidade da água e na temperatura pode extinguir espécies. Então, quando eles começam a desaparecer, algum dano ao meio ambiente pode estar acontecendo.
A perereca Pseudis Paradoxa, comumente chamada de pé de pato, pode produzir substâncias com potencial para tratar o diabetes.
Os Rhinella Schneideri, conhecidos como sapos cururus, possuem na sua pele dois tipos de esteroides capazes de matar o parasita causador da leishmaniose e o causador da doença de Chagas, o Trypanosoma cruzi.
Substâncias das pequenas rãs sul-americanas da família Dendrobatidae, conhecida como rãs-flecha-venenosas, estão sendo estudadas por serem descritas como produtoras de uma das toxinas animais mais venenosos.

Importância dos sapos e a ameaça de desaparecimento

O cururu, daqui uns anos, pode vir a desaparecer de algumas áreas urbanas por falta da conscientização das pessoas. Por isso, quando deparar com um sapo deixe-o viver. Afinal eles ajudam a equilibrar nosso ambiente urbano e rural, eliminando vários tipos de pragas.
Os anfíbios têm uma grande importância em diversas áreas. São importantes a nível de prevenção de pragas e doenças, o que é benéfico para a agricultura.
Os sapos, rãs e pererecas são animais de extrema importância para o equilíbrio da natureza: eles controlam a população de insetos e de outros animais invertebrados e servem de comida para muitas espécies de répteis, aves e mamíferos.
Se não fossem os anfíbios, o mundo teria tantos insetos (pernilongos e moscas) que a espécie humana já teria deixado de existir há muito tempo, pois não seria possível controlar doenças como dengue, febre amarela e malária, que são transmitidas por picadas de insetos.
Sem os anfíbios, a quantidade de pragas nas plantações de banana e outras lavouras seria tão grande que não haveria veneno suficiente no mundo para combatê-las e todos morreriam de fome ou envenenados em poucas semanas.

Como espantar os sapos sem matá-los

Matar os animais desse tipo nem sempre é uma boa ideia. Pois, algumas espécies possuem venenos que podem ser perigosos. Além disso, você incorre no risco de contribuir para o desequilíbrio natural. Mas, há maneiras saudáveis de mantê-los longe do seu quintal.
Você pode começar tirando do seu quintal as possibilidades de abrigo e alimento para esse tipo de animal. Como eles gostam de umidade, é uma boa ideia retirar todas as fontes de água do local. Assim, os animais não terão onde deixar os seus ovos ou se abrigar durante à noite. Além disso, se você aparar as plantas e mantiver a grama seca, os sapos também não vão se interessar pelos arredores da sua propriedade.

Código Florestal: Agro alinhado com a natureza

Além disso, há também repelentes naturais que você pode utilizar no processo. Embora sejam letais se aplicados diretamente nos sapos, eles podem apenas afastar os animais quando são espalhados pelo quintal. É o caso, por exemplo, do sal, que queima os pés dos anfíbios e os mantém afastados. Da mesma forma, espalhar pó de café pelos lugares onde eles costumam passar vai afugentá-los. Por causa do desconforto que terão com os repelentes, certamente eles vão escolher ficar longe.
Por fim, se eles já estiverem espalhados, a melhor maneira de espantar sapos do quintal é retirá-los fisicamente. Você vai precisar apenas de um tipo de rede ou malha fina com um cabo longo para que você não se coloque tão perto do animal. Depois da captura de um por vez, você pode soltá-los onde, de fato, seja o seu habitat natural.
Uma dica em áreas de piscina é construir uma cerca em torno do perímetro da sua piscina. A melhor opção são cercas de madeira, já que não deixam espaços pequenos onde as rãs, por exemplo, conseguiriam passar.

Criação de rãs

criação de rãs

Pouco explorada no mercado nacional, a ranicultura já é praticada pelos brasileiros desde a década de 1930. O Brasil é pioneiro no cultivo intensivo em cativeiro, mas a atividade ganhou impulso somente nos anos 90, com o avanço das técnicas de criação, o surgimento de estufas agrícolas e a adoção de ração.
De acordo com reportagem do Globo Rural, as rãs são rústicas e precoces, e se proliferam com muita rapidez. Além de terem a qualidade de se adaptarem perfeitamente, ao clima quente e úmido de várias regiões do Brasil. Elas também não requerem investimentos elevados, apenas água de qualidade.
A carne é leve e rica em proteínas, enquanto as vendas são consideradas boas. O retorno é rápido, pois o produto alcança bons preços. A pele, muito procurada no mercado internacional, serve para a fabricação de bijuterias, bolsas, sapatos e cintos.
O criador ainda pode obter lucros com o fornecimento de girinos e imagos (formas jovens) para outros ranicultores. Porém, é bom lembrar que, para obter bons resultados, é preciso dedicação à atividade. A criação vai bem em pequenas propriedades, mas o manejo é delicado. As rãs são animais muito suscetíveis a doenças e ao estresse.
Em ranários com boa estrutura e manejo correto é possível contar com um quilo de rã viva por mês para cada metro quadrado de área construída.

Links pesquisados:

www.g1.globo.com

www1.educacao.pe.gov.br

www.revistagloborural.globo.com

www.tecnonoticias.com.br

www.fiocruz.br

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