Calopsita é uma ave indicada para se criar em casa pela capacidade de adaptação doméstica
Lindas, dóceis, alegres e ornamentais, as calopsitas se tornaram bichinhos domésticos populares por sua capacidade de adaptação para criação em viveiros. Tem vontade de ter uma? Então saiba quais os principais cuidados que se deve ter para adquirir esta ave e criá-la, seja em casa ou apartamento. De acordo com um estudo realizado pelo Museu Americano de História Natural, estima-se que existam mais de 18 mil espécies de aves diferentes no mundo.
A história sobre as calopsitas tem origem no ano de 1838, quando um ornitólogo inglês, chamado John Gould, viajou para a Austrália com o objetivo de estudar a fauna do país e realizar desenhos de suas aves. Ele foi o responsável pela fama mundial das calopsitas, por ser o primeiro especialista a levar a espécie para fora da Austrália. Em 1950, a popularidade destas pequenas aves tomou o mundo graças à Arlequim, calopsita surgida através da primeira mutação de cor.
Está enganado quem acha que apenas os papagaios conseguem falar. A calopsita (Nymphicus hollandicus), uma das espécies mais populares do mundo, tem essa capacidade — a ave vocaliza por meio de assobios e gritos da espécie.
Popular no Brasil, a criação de calopsita é uma prática autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que listou a espécie como pertencente à fauna doméstica, em portaria de julho de 1998.
Por conta desta liberação, a calopsita pode ser comercializada como animal de estimação, podendo viver até 20 anos em cativeiro, em média. A calopsita pode ser encontrada em lojas do tipo pet shop e por meio de criadores. Os preços variam a depender da mutação. A mais comum, denominada Lutina, custa em torno de R$ 150 a R$ 200, uma das mais fáceis de sair em cruzamento.
Hoje em dia, tornou-se uma das espécies mais criadas no mundo como ave de estimação, perdendo apenas para o conterrâneo periquito-australiano.
A calopsita requer alimentação balanceada
Como todo bichinho de estimação, a calopsita precisa ser bem tratada com uma alimentação balanceada e ter espaço em cativeiro para fazer exercícios. A ave não suporta frios extremos.
Sua plumagem varia entre as cores: amarelo, branco e cinza. Normalmente, a calopsita tem em cada face uma pinta laranja que protege os ouvidos da ave, com exceção das albinas que não possuem as pintas faciais.
Uma forma de diferenciação entre os gêneros da espécie é a coloração da face. O macho adulto apresenta face amarelada com a pinta laranja, já a fêmea possui a face acinzentada com infiltrações de amarelo e a pinta laranja não se destaca tanto quanto a pinta apresentada pelo macho.
Outra singularidade entre o macho e a fêmea é a parte interna da cauda, pois, na fase adulta, a do macho é de uma única cor, enquanto a da fêmea possui um rajado amarelo e preto. O sexo da ave pode ser descoberto por exame PCR (sigla para Polymerase Chain Reaction, do inglês).
As calopsitas têm, como charme, uma crista no topo da cabeça que, por sua vez, também apresenta variações de cores e o comprimento médio da crista de 30 centímetros. Trata-se de uma ave inquieta, que emite gritos, assobios e alguns machos chegam até a falar.
Cuidado com os filhotes de calopsita
Quando os pais convivem com os filhotes, eles mesmos se encarregam do cuidado parental. No caso dos filhotes de calopsita, quando isso acontece, o auxílio do tutor se torna indispensável para garantir a sobrevivência dos recém-nascidos.
Quando realizam a postura dos ovos depois do acasalamento, o nascimento dos filhotes de calopsita é esperado para em torno de 20 dias. Conforme o momento se aproxima, muitas vezes é possível ouvir os filhotes piando dentro do ovo. Na hora certa, os próprios filhotes acabam eclodindo o ovo por meio das próprias bicagens, ou dos pais, na casca do ovo.
Desenvolvimento gradual
Como diversos outros animais, os filhotes de calopsita não vêm ao mundo completamente desenvolvidos. Com os olhos ainda fechados e sem penas cobrindo o corpo, eles não são capazes de se alimentar sozinhos ou de regular a temperatura corporal.
Com 20 dias, eles já estão com os olhos abertos e possuem algumas penas. A partir de 30 dias, eles se tornam mais independentes e começam a buscar alimento sólido por conta própria.
Manejo correto das galinhas garante maior produtividade e lucro
Na ausência dos pais para regurgitar o alimento direto na boca do filhote, o tutor deve colocar a mão na massa para garantir a sobrevivência das crias. O único alimento capaz de substituir com eficácia a comida para calopsita filhote dada pelos pais é a papinha específica para filhotes da espécie. Ela é recomendada pois é preparada com enzimas que ajudam na digestão, além de prebióticos e probióticos.
O filhote de calopsita em 30 dias já pode ser “desmamado” da papinha, fazendo a mudança gradual para o alimento extrusado próprio para a espécie. A papinha deve ser intercalada em horários regulares e a ração disponibilizada em comedouro na gaiola.
Higiene da calopsita
O cuidado com a higiene das aves e do ambiente em que elas vivem é indispensável para a saúde da espécie. É preciso verificar diariamente se há fezes dos animais nos comedouros, pedestais e bebedouros. Em caso positivo, limpe tudo que estiver sujo. Isso evita que fungos e bactérias se proliferem e coloquem a saúde desses pequenos pássaros em risco.
Como na natureza a calopsita tem o hábito de tomar banho, deve-se disponibilizar um pote com água na gaiola para que ela faça isso. Contudo, precisa trocar essa água diariamente. Outra opção é usar um borrifador de plantas e molhar sua calopsita só um pouquinho.
Elas também adoram um banho de sol. Por esse motivo, assegure que a gaiola fique perto da janela por algumas horas do dia. Nesse caso, prefira expor a ave aos raios solares no final da tarde ou no começo da manhã.
É preciso realizar um procedimento veterinário nas asas para evitar que elas voem e fujam. No entanto, quando não for possível deixar a calopsita livre, ela se acostuma bem dentro de um viveiro.
São inteligentes e possuem uma habilidade incrível para aprender comandos, desde que seja feito um adestramento adequado. Além disso, esses animais são tão miudinhos que são perfeitos para quem mora em apartamento, assim como os peixes de aquários pequenos.
Por fim, um sinal de alerta é quando a calopsita fica indisposta, não come e as penas ganham um aspecto de arrepiadas. Se isso ocorrer, a ave vai precisar de uma ida ao veterinário.
Fontes: CPT, Petz, Diário do Nordestes – Verdes Mares e Chácara Pet