No primeiro semestre de 2021, o Brasil exportou 51,41 mil toneladas de feijão.
Os dados são da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento e mostram um volume 15,51% maior que o do mesmo período, no ano anterior.
Ainda assim, é estimada uma queda na produção do grão, de 6,58%, em relação à safra anterior.
Mesmo que se tenha aumentado a área plantada, a Conab estima uma baixa de 7,2% na produtividade.
A principal causa é o clima, que tem sido irregular, e a falta de chuva acabou atingindo o ciclo do grão.
Mas não se pode dizer que os números sejam desanimadores.
De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a produção nacional do grão deve chegar a três milhões de toneladas.
- 1ª safra – 41,4% da produção – estimada em 1,3 milhão de toneladas;
- 2ª safra – 40,0% da produção – estimada em 1,2 milhão de toneladas; e
- 3ª safra – estimada em 563,0 mil toneladas.
Em julho de 2021 a cotação do grão segue a seguinte variação, de acordo com a região:
- Feijão carioca – saca de 60 quilos – entre R$ 245 e R$ 275.
- Feijão preto – saca de 60 quilos – entre R$ 235 e R$ 260.
Os dados são da CMA Mercantil.
Feijão
O feijão é um dos principais alimentos consumidos no Brasil. Ainda que os números da exportação pareçam relevantes, a maior parte da produção fica no mercado nacional.
Por ser uma cultura que apresenta um ciclo curto, cerca de três meses, o grão tem três safras durante o ano, que são divididas em:
- safra das águas (1ª safra) – o plantio é feito entre setembro a novembro.
Acontece nas regiões Sul e Sudeste, e nos estados da Bahia e Goiás.
- safra da seca (2ª safra) – o plantio é feito entre janeiro e março.
Acontece nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste.
- safra de inverno (3ª safra) – o plantio é feito entre maio e julho.
Acontece em Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Bahia, locais onde é pequena a ocorrência de geadas, e precisa de irrigação.
Cultivo do Feijão
Para quem está pensando em investir no cultivo do grão, é necessário ficar atento a alguns detalhes:
- Existe uma grande variedade do grão e a escolha deve ser baseada nas condições climáticas da região.
Se tiver dúvidas sobre a adaptação do grão na sua região, peça a orientação de um especialista.
- Em relação ao clima, o feijão se adapta entre 15 e 30 graus, sendo que o mais indicado é a média entre 18 e 25 graus.
Temperaturas muito baixas, e regiões com geadas, não são indicadas para o cultivo do grão.
Quando a temperatura não é ideal pode influenciar na produtividade do feijão.
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Causa atraso ou redução na porcentagem de germinação; atraso no desenvolvimento e abortamento de flores, grãos e vagens.
E cada tipo de feijão tem a melhor época do ano para ser plantada, e a região.
Até por isso existem três safras distintas.
- Para cultivar feijão é preciso ter um solo bem drenado e rico em matéria orgânica.
Fique atento com a calagem e adubação do solo, que deve ter pH entre 5,5 e 6,5.
O feijão precisa de irrigação e solo úmido, mas não pode ser encharcado.
Solos com textura areno-argilosa, descompactado na superfície e mais profundos, são os melhores.
- Áreas com incidência direta de sol são bem-vindas, pois o feijão demanda alta luminosidade.
- Para plantar as sementes de feijão a profundidade deve ser entre três e sete centímetros.
Em solos pesados a profundidade das sementes do feijão deve ser entre três e quatro centímetros.
- O espaçamento padrão para o plantio do feijão é entre 40 e 60 centímetros entre as linhas.
Já entre as plantas do feijão o espaçamento indicado é entre sete e dez centímetros.
- A colheita do feijão acontece entre 80 e 100 dias após a germinação.
Ela pode ser feita manualmente ou com a colheitadeira, e o mais indicado é que 90% das vagens estejam secas.
- Para o armazenamento do feijão evite a entrada de ar, para que não ocorra o desenvolvimento de gorgulho.
Siga as dicas, faça um investimento seguro e tenha uma boa produtividade de feijão.
Fontes – Lavoura 10; Agrolink; Canal Rural; IBGE; CMA; e Rodeo West.