Alimentação do animal representa até 70% dos custos da produção e precisa ser balanceada
Os custos com nutrição animal, para quem cria bovinos, suínos, equinos e ovinos, giram em torno de 70% de todo investimento destinado à criação. Portanto, a eficiência na nutrição permite que os animais mantenham altos níveis de produção, sem doenças e outras ameaças. O manejo correto da alimentação é importante para que os animais tenham em sua dieta: proteína, energia, minerais e vitaminas para manifestar todo o seu potencial genético e consequentemente aumentar a lucratividade do produtor.
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Para se ter uma ideia, no período da seca o bovino que se alimenta apenas de pasto não supre todas as exigências nutricionais, por isso, é necessário complementar com rações e suplementos.
É importante diferenciar que alimento é tudo que é ingerido com intuito de saciar a fome do animal, enquanto que nutrientes são componentes presentes nos alimentos que desempenham funções específicas no organismo.
Exigências alimentares
Com o desenvolvimento de linhagens adaptadas aos sistemas de criação modernos e a evolução das raças, as exigências nutricionais dos animais aumentaram, visto que eles precisam de uma suplementação para produzir carne e leite de acordo com as demandas do mercado.
Como as pastagens são deficitárias de alguns nutrientes, a complementação alimentar é indicada dependendo da região e da época do ano.
Os investimentos na atividade pecuária são altos e os custos com nutrição giram de 40% a 60% do total aplicado. Isso porque, para que o potencial genético dos animais seja aproveitado, eles precisam receber todas as proteínas, vitaminas e minerais necessários para atingir o desenvolvimento e metas de rebanho.
Mesmo quando bem manejadas, as pastagens brasileiras não são suficientes para suprir a demanda nutricional dos bovinos. As características da forrageira variam conforme a espécie, a região do país e a época do ano (durante as chuvas, o pasto pode ter bom aporte de proteína e energia, mas ser deficitário em minerais).
Pesquisadores se aprofundam na qualidade da nutrição animal
Independentemente do sistema de criação (a pasto ou confinamento) e do produto final, a suplementação é necessária, para definir os rumos da produção na pecuária de corte levando-se em conta o rendimento de carcaça, cobertura de gordura e qualidade de carne ou na pecuária leiteira. E para que cada animal receba a sua suplementação adequada, o que não faltam são estudos de grandes pesquisadores brasileiros e estrangeiros, nas universidades públicas do País, que orientam qual a melhor e mais adequada alimentação para determinado animal. A Embrapa inclusive disponibiliza livros em mdf para quem tiver interesse em saber, por exemplo, como melhorar a nutrição bovina, entre outras qualidades de animais.
Não existe receita fixa para a dieta. Existem alguns ingredientes de qualidade elevada, como milho, sorgo e farelo de soja, mas as quantidades de cada elemento e a fórmula final são estipuladas a partir das necessidades de cada produção.
O que importa é que os insumos tenham boa procedência, evitando produtos com contaminações de micotoxinas e metais pesados e assegurando a correta composição nutricional. Uma alimentação de qualidade garante a saúde do trato digestivo do bovino de maneira geral.
Para isso, é preciso conhecer o fornecedor dos insumos, visto que a qualidade dos grãos está ligada às condições de plantio, colheita e armazenamento. Apenas minerais de excelente procedência são livres de contaminações e não prejudicam os animais.
Amido é fundamental na nutrição animal dos ruminantes
Num dos livros: Nutrição de bovinos de corte – Fundamentos e aplicações traz a importante informação sobre o papel do amido na alimentação animal, sob o título Amido é o principal CNE para ruminantes. O amido corresponde a 50-100% do CNE na maioria dos alimentos. Como qualquer outro CNE, tem como características a alta taxa de fermentação, produção de ácido lático como subproduto e redução do pH ruminal com consequente possibilidade de atrapalhar a degradação da fibra.
Por outro lado, em pequenas quantidades podem ajudar no crescimento inicial das bactérias ruminais, reduzindo o tempo de colonização das partículas de alimentos pelas bactérias. O tempo de colonização, ou lag-time, é o tempo entre o início da colonização até o início da degradação.
A velocidade com que o amido é degradado varia em função do seu grau de cristalização e também de eventuais processamentos (moagem, floculação, laminação). Os grânulos de amido do milho são bastante cristalizados e, portanto, menos acessíveis às enzimas, em oposição aos grânulos de amido na cevada, que são muito mais acessíveis e resultam em fermentação ruminal mais intensa. A taxa de fermentação de várias fontes de amido foi assim classificada: aveia, trigo, cevada, milho e sorgo.
Nutrição animal (equinos) passa por transformações
Até algum tempo atrás, os cavalos não tinham hábito de ingerir alimentos concentrados, feno de gramíneas ou leguminosas. Com a pastagem sendo, por muitos anos, a única fonte de alimentação, o sistema digestivo dos equinos estava adaptado. Hoje aliada a um manejo adequado, a nutrição possibilita maximizar a expressão do potencial genético da raça do animal, para desenvolver massa muscular, se reproduzir ou desempenhar atividades específicas.
Independente do sistema de criação, da rã ou da fisiologia no animal, é fundamental adotar um programa nutricional adequado. O que necessariamente demanda conhecimento sobre as necessidades de cada raça.
A alimentação de equinos, hoje representa cerca de 60% a 80% do custo da criação desses animais. Cavalos atletas, por exemplo, requisitam 50% dos nutrientes obtidos em treinamentos e provas.
O mesmo ocorre com a reprodução. Os cavalos necessitam de uma dieta balanceada para manifestar seu comportamento sexual da forma esperada. Assim como as éguas gestantes precisam estar bem nutridas para levar a gravidez com segurança.
A nutrição de equinos deve pensar sobre os seguintes aspectos: a água, energia, proteína, minerais e vitaminas (nutrientes). Esses nutrientes devem fazer parte da composição dos alimentos volumosos (fenos e pastagens entre outros) e concentrados (rações comerciais). Os equinos possuem um aparelho digestivo adaptado para ingestão de pouco alimento, porém, várias vezes ao dia. A oferta de alimento deve ser regular.
Atenção especial deve ser dada aos animais confinados, principalmente em relação à água. Também é indicado fornecer plantas com folhagens inteiras para auxiliar no bom funcionamento do sistema digestório dos cavalos.
Nutrição animal na ovinocultura
A ovinocultura nacional está passando por significativo aumento no interesse por sistemas destinados à produção de carne e o deslocamento da atividade para regiões não tradicionais, com destaque para a região Sudeste, maior centro consumidor do país.
Com a crescente demanda pela carne ovina e a necessidade de se atender às exigências dos consumidores com o fornecimento de carcaças de qualidade, tem se buscado alternativas visando garantir a redução na sazonalidade da oferta e o abate de animais jovens.
Considerando o elevado valor da terra em algumas regiões do país, principalmente na região Sudeste, e a escassez de mão-de-obra, a escolha do sistema de produção se torna um fator de extrema importância.
A alimentação representa maior parte do custo da produção e a nutrição é um dos principais fatores que influenciam o desempenho reprodutivo das ovelhas, desde o estabelecimento da puberdade até o número total de cordeiros produzidos durante a vida útil do animal
É de total relevância os aspectos reprodutivos e sanitários dos animais; e, considerando que a nutrição afeta diretamente o número de cordeiros nascidos por matriz colocada em monta, o número de cordeiros desmamados por fêmea parida, o peso de nascimento, os pesos e idades de desmama e de abate; bem como, a quantidade de carne produzida por área (kg/ha), faz-se necessária a conscientização de que o manejo nutricional pode ser o responsável pelo sucesso ou fracasso de qualquer sistema de produção de ovinos.
Investir em ovinos e caprinos é ter várias possibilidades de lucro
A disponibilidade de subprodutos da indústria como a casca de soja, a polpa cítrica e o bagaço de cana-de-açúcar permitem a formulação de rações com custos mais reduzidos.
Outra alternativa bastante interessante para minimizar o custo protéico das rações é a ureia, a qual deve ser utilizada com bastante critério devido ao elevado risco de intoxicação dos animais, quando ingerida em grandes quantidades.
Os alimentos concentrados e volumosos devem ser utilizados em proporções e quantidades que atendam às exigências do animal e que possibilitem uma boa relação custo-benefício.
Diversos fatores influenciam a ingestão do alimento pelo animal. Alimentos ricos em fibras ou água podem restringir o consumo, particularmente em ovelhas durante o final da gestação, cordeiros desmamados precocemente e cordeiros em terminação alimentados para máximo ganho de peso
Outro fator que não pode ser negligenciado no manejo nutricional de ovinos, e que afeta o consumo, é a mineralização do rebanho. A nutrição mineral deve ser realizada levando-se em consideração as exigências e os teores de toxidez de cada elemento, os quais muitas vezes, são bastante próximos, como é o caso do cobre.
Alimentação de suínos deve respeitar as fases de crescimento do plantel
As fases produtivas dos suínos após o desmame são a creche, o crescimento e a terminação. Cada uma delas tem exigências nutricionais diferentes, que são influenciadas, principalmente, pelo potencial genético dos animais e pela idade.
O manejo dos animais e a sanidade do plantel são indispensáveis para uma boa produtividade. Sendo assim, cabe ao produtor saber contornar os desafios que surgem em cada uma das fases.
O desmame é a entrada dos leitões na creche, um momento crítico, pois os animais são separados da mãe, há a troca de ambiente, o reagrupamento e a formação de nova hierarquia, bem como a adaptação aos comedouros e bebedouros e à nova dieta.
Ela acontece geralmente aos 21 dias, podendo avançar até os 28 dias de vida dos leitões, tendo como objetivo o melhor peso na saída da creche e o melhor aproveitamento das instalações. É um momento delicado para a manutenção do status sanitário, uma vez que a troca de ambiente acarreta o contato com diferentes patógenos e a mudança de temperatura.
Fase de crescimento
A fase de crescimento acontece aos 63 ou 70 dias de vida dos suínos até os 100 a 110 dias (ou então dos 25 aos 29 kg e dos 55 aos 65 kg). É o momento em que os animais são separados por peso, e sua taxa de crescimento é acelerada.
Nessa etapa, ocorre maior velocidade de deposição de tecido magro, e o consumo de alimento tende a ser menor do que a sua exigência nutricional. As rações precisam ter um bom aporte energético e protéico para o desenvolvimento muscular.
A categoria de terminação ou acabamento é a fase em que os suínos serão alimentados para alcançarem as características na carne exigidas pelo mercado de suínos, com o peso ideal para o abate. O abate ocorre normalmente entre 130 a 140 dias (90 a 100 kg).
Já o abate de suínos pesados ocorre em torno dos 115 a 130 kg, quando os animais têm de 163 a 170 dias de idade. Na fase de terminação, eles consomem mais alimentos do que necessitam, e a deposição de gordura é maior do que a de proteína.
Num contexto geral, as rações para suínos devem ter boa aceitabilidade, uma granulometria adequada para cada fase e, claro, com níveis ideais de proteína bruta, aminoácidos, energia, vitaminas e minerais.
Links pesquisados:
www.portaldoagronegocio.com.br
www.cptcursospresenciais.com.br
www.nutricaoesaudeanimal.com.br