Antes de mais nada, o que é preciso para que um leite seja considerado orgânico?
Primeiramente, precisa ser fruto de um sistema de produção, que é baseado em normas e princípios da regulamentação da produção orgânica, por um período pré-determinado.
O crescimento desse tipo de produto no Brasil vem aumentando nos últimos anos. Consequência da preocupação da população em consumir produtos de qualidade. Produtos que, mesmo vindo de origem animal, sejam de fontes limpas e livres de crueldades.
O que é uma produção de leite orgânico?
A produção de leite convencional e orgânico possuem a mesma composição química.
No entanto, o leite orgânico é o leite produzido sem a utilização de agrotóxicos ou fertilizantes químicos na alimentação do animal.
No mais, para que seja considerado orgânico, os animais não podem estar em estado de confinamento exclusivo. Isso porque esse tipo de produção busca garantir o bem-estar do animal em todas as fases do processo.
A fazenda, por sua vez, precisa de uma certificação específica para comercializar o leite como leite orgânico. Essa é uma medida que visa garantir a qualidade do leite.
Em outras palavras, ela assegura que aquele produto não contém qualquer tipo de resíduos químicos.
Dessa forma, esse sistema de produção orgânica deve respeitar os princípios da agroecologia, que buscam uma exploração economicamente viável. Além de ecologicamente correta e socialmente justa.
Esses princípios são:
- alimentação baseada em nutrientes, em sua maioria, orgânicos;
- pastagem livre de fertilizantes e agrotóxicos;
- ausência de transgênicos na alimentação;
- instalações adequadas para o conforto dos animais;
- respeitar o programa de vacinação obrigatória.
Além disso, para tratar de doenças e estabelecer o controle de endo e ectoparasitas, o produtor deverá utilizar produtos homeopáticos e fitoterápicos.
Como fazer a conversão de uma produção convencional para uma produção de leite orgânico?
Antes de tudo, esse processo de conversão leva em torno de 18 meses. Depois disso, o produtor recebe uma certificação – o selo de produção orgânica.
Os primeiros 12 meses serão destinados à conversão das pastagens, que devem ser livres de fertilizantes e/ou agrotóxicos.
Em seguida, nos 6 meses restantes, é a vez da conversão dos animais, utilizando alimentação parcialmente orgânica.
Lembrando que, durante esse processo, é permitida a utilização de suplementos minerais e vitamínicos.
Mas, desde que sua composição não contenha resíduos contaminantes acima dos limites permitidos pela legislação.
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