Para 2021, a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento prevê uma estabilização do consumo interno de arroz.
Projeta-se um produção de 10,8 milhões de toneladas e exportação de 1,1 milhão de toneladas.
A safra 2021 de arroz deve trazer uma estabilização do mercado, depois da experiência vivida em 2020.
A pandemia da Covid-19 fez o consumo do grão, no Brasil, ter um aumento considerável.
No Rio Grande do Sul, o beneficiamento do arroz subiu 30% quando comparado a agosto de 2019 e 2020.
Com isso o preço aumentou, gerando maior renda aos produtores, mas com um arroz mais caro para o consumidor final.
Para a safra atual, os produtores deverão ter bons resultados, com preços maiores de comercialização.
Mas isso quando comparado aos preços do arroz e safras anteriores, que é diferente do que foi visto no segundo semestre de 2020.
Acompanhe a cotação do arroz em maio de 2021 (agência CMA):
- Beneficiado T1- agulhinha (saca de 60 quilos) – entre R$ 184 e R$ 200.
- Longo Fino (saca de 60 quilos) – entre R$ 85 e R$ 90.
- Irrigado casca (saca de 50 quilos) – entre R$ 83,50 e R$ 89,50.
Arroz
O nome técnico do arroz é oryza sativa.
É o terceiro cereal mais produzido do mundo, e o principal alimento para mais da metade da população.
Acredita-se que o arroz chegou ao Brasil na época do descobrimento.
As principais fases do ciclo do grão são: plântula, vegetativa e reprodutiva.
São dois os sistemas de plantio: irrigado e sequeiro.
O mais usado no Brasil é o irrigado, presente em quase 80% das lavouras nacionais.
No plantio irrigado o solo é coberto com uma lâmina d’água durante a maior parte do tempo.
A drenagem é feita poucos dias antes da colheita.
Quando se fala de arroz sequeiro, o plantio acontece sem que o solo seja submerso.
O Brasil é o maior produtor e consumidor desta cultura, fora do continente asiático.
Dentro do território nacional, o maior produtor é o Rio Grande do Sul, com mais de 70% de participação.
No estado o foco da produção é o grão irrigado.
Também são grandes produtores de arroz os estados:
- Santa Catarina (10% da produção nacional);
- Tocantins (6%);
- Mato Grosso (3,5%); e
- Maranhão (1,5%).
O Rio Grande do Sul também tem uma produção deste grão, por hectare, bastante expressiva.
Mesmo com a diminuição da área usada para o cultivo, os números são animadores.
A safra atual (20/21) está colhendo, em média, 8.904 quilos de arroz por hectare.
Isso se deve a um trabalho conjunto do Irga – Instituto Riograndense de Arroz com a Embrapa, que desenvolveu variedades melhoradas.
Teve também o auxílio do clima, e claro, o comprometimento dos produtores.
Os investimentos em manejo e controle de pragas feito pelos agricultores, garantiu a produtividade do arroz.
Invista em arroz
Está pensando em investir na cultura do arroz?
Selecionamos algumas dicas que serão fundamentais para o sucesso da produção. Acompanhe:
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Solo:
Maneje o solo antes do plantio, assim ele estará rico em nutrientes mantendo ervas daninha afastadas.
Terreno plano facilita a colheita e a irrigação permite a drenagem correta da água.
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Plantio
Fique atento a época certa para o plantio, analisando as condições climáticas e as chuvas para o período.
Avalie também o sistema de cultivo e se períodos de seca poderão atrapalhar a produção.
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Cultivo
Ao escolher a cultiva de arroz, lembre-se que ela precisa se adaptar bem às condições ambientais da lavoura.
A variedade certa deste grão irá garantir a melhor produtividade, com um investimento menor em fitossanitários.
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Água
O cultivo de arroz precisa de água, e ela deve ser de qualidade e em boa quantidade.
Fique atento para o abastecimento e drenagem da área.
E use o recurso com inteligência, para não causar danos ao meio ambiente, com sua plantação.
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Rotação de Cultura
Investir em rotação de culturas é uma ótima opção para quem cultiva arroz. Soja e milho são boas opções.
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Pragas
Invista em um bom manejo integrado de pragas, assim a plantação será mais produtiva.
Ter a orientação de um técnico, com conhecimento no setor de arroz, é uma boa opção.
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Palha
Aproveite a palha de arroz que fica como residual da colheita, de maneira eficiente.
Uma opção atual é investir no rolo-faca, que melhora a incorporação da palha.
Quem tem investido destaca a diminuição das operações de preparo de solo, melhor incorporação de nutrientes e facilidade na hora de semear.
Esse tipo de manejo substitui a queima da palha.
Fonte: Canal Rural; Agro Saber; CHB Agro; Lavoura 10; e AgroPós.