Energia limpa e renovável inibe a emissão de poluentes no meio ambiente

Energia limpa e renovável inibe a emissão de poluentes no meio ambiente

Com a proximidade da Conferência do Clima, a COP 26, que ocorrerá a partir de 31 de outubro até dia 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, onde serão discutidos novos compromissos que líderes mundiais têm adotado para amenizar as mudanças climáticas, no Planeta Terra, se torna cada dia mais visível a importância de se discutir este tema. A reunião vai alertar, ainda mais, os governantes em todo o mundo, sobre a necessidade de se reduzir o consumo de energia suja, produzida por combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural etc), e destinarem cada dia mais investimentos para a produção de energia limpa, ao redor do mundo. Sim, isto porque a energia renovável deverá ser priorizada, por não emitir substâncias poluidoras perigosas à vida, ao ser produzida.

A energia limpa se refere a fontes que são renováveis, ao contrário dos fósseis, não lançam poluentes na atmosfera, interferindo no ciclo do carbono, ao contrário dos combustíveis fósseis, que ao passar pelo processo de combustão, emitem gases tóxicos e afetam a camada de ozônio e a atmosfera, interferindo no ar que respiramos. A energia limpa pode ser obtida de fonte solar, eólica, geotérmica, maremotriz, biomassa, hidráulica e são as grandes apostas para o presente, uma vez que podem são as únicas fontes capazes de substituir a matriz energética das nações industrializadas.

Agrônomo: entenda a importância para o futuro do agronegócio

Em 2017, somando todas as formas de geração de energia do país, ou seja, energia limpa e suja, o Brasil gerou cerca de 624,3 TWh (terawatt hora) de energia elétrica, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética – Matriz Energética e Elétrica (EPE).

Apesar de poder melhorar muito, o Brasil já está entre os países com uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, ficando em terceiro lugar no ranking de países com maior capacidade instalada de fontes renováveis, atrás apenas de China e dos EUA. Em 2017, cerca de 80% de toda energia gerada no país foi por meio das fontes renováveis, sendo a maior parte através da fonte hídrica.

De acordo com informações disponibilizadas pelo portal do Ministério das Minas e Energia (MME), o crescimento na matriz de energia limpa ajudará o Brasil a honrar o compromisso assumido na Cúpula do Clima deste ano, ao antecipar a neutralidade climática de 2060 para 2050.

O estudo mais recente, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demonstra um avanço importante em relação a 2017, já que a matriz energética brasileira, em 2019, foi formada por 45% de fontes renováveis e 54% de fontes fósseis. Os números superam os demais países do bloco. As fontes de energia fósseis chegam a 97% na África do Sul, 94% na Rússia, 92% na Índia e 87% na China.

Energia limpa, de fonte hídrica, já é produzida em grande escala no Brasil

Para o diretor do Departamento de Informação e Estudos Energéticos, André Osório, em qualquer cenário de planejamento energético realizado pelo MME, em que pese a antecipação da neutralidade climática, verifica-se que a participação das renováveis na matriz elétrica deve continuar acima de 80%, até 2030, chegando a 85%, em 2050. Tais resultados serão alcançados em boa medida com o aproveitamento pelo país de seus potenciais eólico, solar e de biomassa bem como em decorrência de todo esforço já estabelecido pelas políticas públicas, da mudança do perfil do consumidor brasileiro que vem buscando economicidade e aprimoramentos tecnológicos nas soluções de suprimento de energia elétrica.

Hoje, o Brasil possui as principais fontes de energia, que são as hidrelétricas, que fazem parte de mais da metade da geração de energia brasileira. E já tem algum tempo que a energia limpa – solar e eólica – vêm ganhando reconhecimento graças ao fato de seu uso vir num crescendo ano após ano.

Energia limpa e renovável em detrimento dos fósseis não renováveis

No entanto, os combustíveis fósseis ainda são os meios de geração de energia mais utilizados no mundo, atualmente. Eles foram gerados há milhões de anos pela decomposição de animais e vegetais, e incluem o petróleo e seus derivados (gasolina e óleo diesel), o gás natural, o xisto e o carvão mineral.

Na sua combustão completa, produzem o dióxido de carbono (CO2), que intensifica o efeito estufa e agrava o aquecimento global. Na queima incompleta, produzem o monóxido de carbono (CO), que também é um gás-estufa. Além disso, várias impurezas são lançadas na atmosfera, como os óxidos de enxofre, que produzem uma chuva ácida muito forte, carregada de ácido sulfúrico (H2SO4).

Além dos prejuízos ambientais, há o fato de que os combustíveis fósseis não são renováveis e um dia estarão esgotados. Por isso, as pesquisas avançam em busca de novos modelos energéticos. Até o momento, não se descobriu nenhuma forma de geração de energia que cause impacto zero à natureza.

A principal diferença entre as fontes de energias renováveis e não renováveis é a limitação de uso: recursos renováveis são infinitos, enquanto as energias não renováveis utilizam recursos não renováveis, portanto tendem a acabar se houver um uso excessivo.

As fontes de energia primárias renováveis têm como principal característica a origem diretamente da natureza. Elas podem ser aproveitadas sem que se esgotem ao longo do tempo, além de surgirem de modo constante como novas tecnologias e formas de produção de eletricidade utilizando recursos naturais.

Alguns exemplos de recursos de energia primários renováveis são o sol, a água e o vento. Eles possibilitam a produção de energia elétrica sem prejudicar o meio ambiente e tampouco tornam-se esgotáveis.

Usinas renováveis podem produzir esse tipo de energia

As usinas de energia renovável vêm ganhando amplo espaço no território nacional, principalmente com a tecnologia de energia solar. As usinas solares possuem uma alta capacidade de captação da luz do sol para a produção de energia luminosa, podendo ser aproveitada para a geração de energia elétrica.

A energia hidráulica é a fonte de energia renovável mais utilizada no Brasil, representando 61% da geração de energia elétrica do país. São divididas em Centrais Hidrelétricas (quando maiores que 30 MW (Megawatt hora) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (menores que 30 MW).

O Brasil representa o terceiro maior potencial hidráulico do mundo (atrás apenas de Rússia e China), o país importa parte da energia hidrelétrica que consome. Isso ocorre em razão de que a maior hidrelétrica das Américas e segunda maior do mundo, a Usina de Itaipu, não é totalmente brasileira.

Por se localizar na divisa do Brasil com o Paraguai, 50% da produção da usina pertence ao país vizinho que, na incapacidade de consumir esse montante, vende o excedente para o Brasil. O Brasil também consome energia produzida pelas hidrelétricas argentinas de Garabi e Yaciretá.

A usina de Itaipu possui uma potência de 14 mil MW instalada. Desta forma, o funcionamento dela, e das demais usinas, ocorre a partir da movimentação das turbinas que operam nas barragens pela força das águas dos rios.

A energia eólica também possui grande relevância na matriz energética brasileira, sendo cada vez mais difundida no país. Desde 1992, quando a primeira turbina foi instalada em Fernando de Noronha, a energia eólica é utilizada por meio da força dos ventos captada por aerogeradores para a geração de energia. Atualmente, o Brasil possui mais de 250 usinas eólicas instaladas com capacidade de 6.39 GW (gigawatt).

Conheça os 6 tipos de energia limpa

Energia solar 

Fonte sustentável, limpa e abundante no planeta, a luz do sol é captada para se transformar em calor ou energia. Para isso, existem no mercado algumas tecnologias para realizar esse trabalho. As placas fotovoltaicas são uma delas: transformam a energia do sol em elétrica. Já para aquecimento de água, quem faz essa conversão são os coletores, que absorvem a radiação, transferindo o calor para tubos onde a água existente será armazenada aquecida. Outra forma de produção a partir do sol para fins industriais é a heliotérmica. Por esse sistema, o calor do sol é captado, aquecendo a água, que se transforma em vapor, em um procedimento semelhante ao das termoelétricas. Só que muito mais limpa e ecológica.

Energia eólica 

Utiliza como fonte a força dos ventos, é inesgotável e não emite gás poluente ou gera resíduo. Entretanto, não é sempre que o vento sopra quando a energia é necessária. Isso torna difícil a integração da sua produção no programa de exploração. Uma das maiores desvantagens é o impacto sonoro. As habitações mais próximas devem estar, no mínimo a 200 metros de distância. Isso dificulta a instalação de parques eólicos próximos das fontes de consumo, ou seja, das indústrias. Com isso, é preciso uma rede eficiente para conduzir a energia gerada do ponto de produção até o ponto de consumo.

Biomassa

Energia feita a partir de dejetos produzidos pela sociedade. É toda e qualquer matéria orgânica (esterco, restos de alimentos, resíduos de cana de açúcar) não fóssil. Existem três tipos de biomassa usados como fonte de energia. As sólidas vêm da madeira, do carvão vegetal e de restos orgânicos vegetais e animais. Já as líquidas fornecem etanol, biodiesel e outros líquidos obtidos por meio de processos químicos ou biológicos. As gasosas são obtidas pela transformação industrial ou natural de restos orgânicos, como o biogás. Entre as vantagens, está o fato de que é pouco poluente e mais barata. Porém, ainda sofre por dificuldades de transporte e armazenamento da biomassa sólida.

Tanque de Biomassa em meio a plantação de milho.

Energia nuclear

As reações de fissão nuclear resultam na emissão de uma quantidade colossal de energia, que é usada nessas usinas para aquecer a água. O vapor gerado faz as turbinas girarem, produzindo energia elétrica. A construção e manutenção de uma usina nuclear possui custo muito elevado, riscos de acidentes, problemas com o lixo nuclear gerado e ainda tem o problema da água aquecida que retorna aos lagos, rios e mares, podendo causar a morte de peixes e de outros seres vivos.

Biocombustíveis

São produzidos a partir da biomassa, ou seja, de matéria orgânica animal e vegetal. Dois biocombustíveis muito produzidos e utilizados atualmente são o etanol, produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar e, em outros países, como os Estados Unidos, a partir do milho; e o biodiesel, obtido a partir de óleos vegetais, residuais (como de frituras) e gorduras animais.

Energia das marés

Também chamada de Maremotriz é toda aquela energia que depende do movimento das águas do mar, ou como são conhecidas das marés, que oscilam por conta da força gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol na Terra, e é uma importante fonte de energia renovável. A energia cinética proveniente das ondas dos mares é aproveitada para gerar energia elétrica ao passar pelas turbinas. Entre as vantagens, está a sua previsibilidade. No entanto, acessar esse tipo de fonte demanda que o país ou o estado tenha área marítima. Assim, é restrita geograficamente a geração por esse recurso. A energia é obtida por meio da construção de barragens, captando por meio de diques a água durante a alta da maré. Depois de armazenada, a água é liberada durante o período de baixa, passando por turbinas semelhantes às das hidrelétricas.

 

Links pesquisados:

www.nhssolar.com.br

www.fiemg.com.br

www.brasilescola.uol.com.br

www.blog.bluesol.com.br

www.portalsolar.com.br

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