caminhão

Locomotiva do agro, os caminhões estão em alta

Caminhão bom é uma peça chave para a logística e escoamento do agronegócio

A escolha do caminhão correto é um fator imprescindível para o escoamento da produção na atividade agrícola. A logística serve para que a matéria-prima colhida nas lavouras possa ser movimentada até o seu destino final sem apresentar prejuízos e ser deslocada com o máximo de segurança, para que sejam evitados desperdícios e perda de carga.

Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre janeiro e abril deste ano, foram licenciados 35.862 caminhões no Brasil, alta de 48% em relação ao mesmo período de 2020 e de 19,5% em relação ao período de janeiro a abril de 2019. As razões para o crescimento envolvem a combinação de safra recorde e alta do dólar, além de baixas taxas de juros, que motivaram a renovação de frotas.

Diante da alta demanda e da escassez de componentes, procurar até mesmo por caminhões seminovos para atender às divisões dedicadas a esses veículos está complicado. Algo que o Buscar Rural busca auxiliar a resolver, oferecendo diversas oportunidades de aquisição em todo o País. No site, é possível encontrar desde pequenas peças de reposição para corrigir algum pequeno problema, até caçambas novas para substituir as já inadequadas. Uma vez, que a urgência por um caminhão – que, quando novo, pode levar meses da compra até a entrega – fez com que as vendas dos usados tivessem alta de 42,5% no primeiro trimestre deste ano.

Grande aliado dos fazendeiros, o mercado do trator está em alta

Segundo dados da Anfavea, esse nicho teve uma valorização tão alta, que supera os preços praticados por veículos novos no mercado. Os preços subiram 40% em relação ao mesmo período do ano passado.

Por isso, para que o produtor possa obter qualidade e eficiência em sua produção, é essencial escolher o veículo ideal que atenderá à demanda específica do seu segmento de forma ágil e produtiva.

Esse ramo de negócio representa grande importância para a economia nacional. Grande parte é deslocada do meio de produção até os portos para ser exportada. A outra parte é distribuída dentro do comércio interno, garantindo o fluxo de alimentos e a manutenção do mercado brasileiro.

Caminhão transportando grãos pelas estradas brasileiras

A perecibilidade é apenas um dos fatores a se pensar quando se trata do setor agrícola, que tem uma importante dinâmica de serviços a serem observados. Porém esse quesito, é um dos que afetam diretamente o mercado. Isso porque todos os produtos alimentares têm prazos de validade, o que é um fator de grande relevância para os processos logísticos, como o manuseio e, é claro, o transporte e o tempo de viagem. Por isso, a função de carregar a matéria-prima é muito importante.

E como já é sabido, em muitas regiões em territórios nacionais, como é o caso de algumas estradas no norte do país, não  há condições ideais para o tráfego, pois alguns problemas, como buracos, vias não pavimentadas e cursos irregulares de trajeto, prejudicam o trabalho dos caminhoneiros e, muitas vezes, acabam atrasando o tempo de entrega das mercadorias, o que é extremamente prejudicial em se tratando de mercadorias perecíveis.

Peso por eixo de caminhão

Para efeito de segurança, O CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) limita o peso máximo por eixo que pode ser carregado pelos caminhões.

O limite imposto deve-se ao fato que quanto maior a força que os pneus aplicam sobre a camada de asfalto, maior será a deterioração deste asfalto. Dessa maneira, os caminhões podem levar muito peso, desde que ele esteja distribuído por vários eixos (maior número de rodas para distribuir o peso da carga).

Como escolher o melhor tipo de caminhão

Ao escolher o modelo de caminhão agrícola ideal para o seu negócio, é necessário estar por dentro de vários fatores antes de adquirir o veículo. Um deles corresponde à economia no consumo de combustível da máquina.

O comprador deve ter em mente qual veículo lhe oferecerá uma boa relação custo-benefício dentro das opções disponíveis no mercado. Deve-se considerar a potência do caminhão, bem como a sua robustez, que será necessária para atender à demanda do negócio.

Daí a importância de se atentar para as funções que o veículo irá executar. Dentre elas, ter maior resistência e força para o transporte de grandes volumes de cargas em terrenos acidentados. Todos esses aspectos devem ser avaliados juntamente ao quesito de conforto e segurança dos modelos, pois esse ponto faz toda a diferença para garantir a produtividade do transporte agrícola.

Dentro desse ramo, algumas empresas, como a Cavese, trabalham com vários modelos da Scania que podem atender às mais variadas necessidades do agronegócio.

Transporte de carga viva em caminhões

Como se sabe, animais são transportados em diversos caminhões. Por isto, a necessidade de atenção redobrada para este tipo de carga, que exige um modelo específico de caminhão para o frete. É importante que o veículo tenha uma estrutura de carga, uma carroceria com ventilação do ambiente interno, a fim de que os animais ao serem transportados, não sofram com a obstrução de ar no interior do caminhão.

Para os casos em que os animais estejam na categoria de grande e médio porte, como equinos, bovinos e suínos, é preciso equipar o veículo com a carroceria boiadeira. Os modelos mais adequados são o truck e a carreta.

Transporte de carga frigorífica

Dentre os modelos que mais fazem sucesso no transporte de carga frigorífica, estão os caminhões: VUCs, toco, truck e carreta. Evidente que cada uso está relacionado com o volume e o tipo de mercadoria a ser transportada e claro, a área de circulação necessária para o conforto da carga. Essa atividade envolve o deslocamento de produtos resfriados ou congelados. Por isso, o caminhão deve ter equipamentos específicos. Além do mais, entre as peças de caminhão, precisa haver um baú com vedação, revestimento térmico e dispositivos de resfriamento.

Transporte de carga a granel sólida

Quando se fala em transporte de carga a granel sólida, são recomendados os caminhões trucks ou, até mesmo, a carreta de cavalo simples, pois as mercadorias são de grande volume e peso. No caso específico dos grãos como trigo, milho e soja, eles são ideais, por ter a carroceria aberta. São conhecidos como caminhões graneleiros, de grade alta, para que os produtos transportados possam chegar ao seu destino final sem perdas.

Caminhão estacionado em balança, próximo a silos.

Veículo Urbano de Carga (VUC)

O caminhão mais indicado para o transporte em áreas urbanas, é o VUC, um caminhão de pequeno porte. Sua principal característica é ter um tamanho que se adequa às normas legislativas para o transporte nas cidades. Ou seja, possui uma largura máxima de 2,2 metros; comprimento máximo de 6,3 metros e limite de emissão de poluentes.  A capacidade máxima do VUC é de três (3) toneladas.

Toco ou caminhão semipesado

Com capacidade para transportar até seis (6) toneladas, os caminhões conhecidos como Toco, tem eixo simples na carroceria, ou seja, um eixo frontal e outro traseiro de rodagem simples. Ele tem peso bruto máximo de 16 toneladas e comprimento máximo de 14 metros.

Truck ou caminhão pesado

Tem a fama de ser o melhor para carregar uma carga muito grande. O Truck tem o eixo duplo, ou seja, dois eixos juntos, na carroceria. Daí sua maior estabilidade para transportar cargas maiores. Um dos eixos traseiros deve necessariamente receber a força do motor. Sua capacidade é de 10 a 14 toneladas, possui peso bruto máximo de 23 toneladas e seu comprimento é também de 14 metros, como no caminhão Toco.

As carretas são uma categoria em que uma parte possui a força motriz (motor), rodas de tração e a cabine do motorista e a outra parte recebe a carga. A parte motriz recebe o nome de cavalo mecânico, e este pode ser acoplado a diferentes tipos de módulos de carga, chamados de semirreboque.

Cavalo Mecânico ou caminhão extrapesado

É o conjunto formado pela cabine, motor e rodas de tração do caminhão com eixo simples (apenas 2 rodas de tração). Pode ser engatado em vários tipos de carretas e semirreboques para o transporte.

Cavalo Mecânico Trucado ou LS

Tem o mesmo conceito do cavalo mecânico, mas com o diferencial de ter eixo duplo em seu conjunto, para poder carregar mais peso. Assim o peso da carga do semirreboque distribui-se por mais rodas, e a pressão exercida por cada uma no chão é menor.

Carreta 2 eixos

Utiliza um cavalo mecânico e um semirreboque com 2 eixos cada. Possui peso bruto máximo de 33 toneladas e comprimento máximo de 18,15 metros.

Carreta 3 eixos

Possui peso bruto máximo de 41,5 toneladas e comprimento máximo de 18,15 metros. E utiliza um cavalo mecânico simples (2 eixos) e um semirreboque com 3 eixos.

Carreta cavalo trucado

Os semirreboques dessa combinação podem ser tracionados por um cavalo-mecânico trucado. Possui peso bruto máximo de 45 toneladas e comprimento máximo também de 18,15 metros. Utiliza um cavalo mecânico trucado e um semirreboque também com 3 eixos. Bitrem ou treminhão. É uma combinação de veículos de carga composta por um total de sete eixos, que permite o transporte de um peso bruto total de 57 toneladas.

Como surge o primeiro caminhão

Antigamente o transporte de cargas era feito por homens, animais e carroças, até que no século 18 com a Revolução Industrial tudo mudou. Com o desenvolvimento da tecnologia a todo o vapor, surgiu o primeiro veículo auto impulsionado. Foi então que, em 1895, o alemão Karl Benz desenhou e construiu o primeiro caminhão da história.

Ele foi feito com um motor de combustão interna, diferente do motor a vapor. No mesmo ano, ele modificou o projeto e criou o primeiro ônibus motorizado da história. No ano seguinte, Daimler construiu o primeiro caminhão movido à gasolina. Ele tinha o motor de 4 a 10HP e rodava cerca de 3 a 12 km/h, carregando até 6t e segundo um folheto que foi distribuído na época, dava até marcha à ré, funcionalidade que, na época, era supermoderna.

Após a Primeira Guerra Mundial, outros modelos foram desenvolvidos com novas tecnologias, como pneus pneumáticos, acionadores de partida elétricos, travas elétricas, motores de 6 cilindros e iluminação elétrica. Neste período, a Ford e a Renault iniciaram no mercado de caminhões pesados.

No Brasil

O primeiro caminhão fabricado no Brasil foi da Mercedes Benz, em 1956. Seu nome era L-312 e foi reconhecido como “Torpedo” por conta do formato de cofre do motor, que lembrava um projétil. Tinha capacidade para seis toneladas de carga e era considerado um caminhão médio. Possuía o motor de seis cilindros em linha e injeção direta. Este foi o primeiro caminhão fabricado no Brasil movido a diesel.

Links pesquisados

www.juntosnocaminho.com.br

www.sansuy.com.br

www.exame.com

www.fretefy.com.br

Compartilhe este post

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email