Trator puxando gaiola com cana de açúcar

Grande aliado dos fazendeiros, o mercado do trator está em alta

As vendas de tratores estão aquecidas este ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Nos sete primeiros meses de 2021, foram comercializados quase 31 mil tratores e caminhões no Brasil, com um aumento de mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Aqui no blog Buscar Rural você encontra vários modelos de tratores novos e seminovos à venda.

Com a procura acima da oferta, muitas revendedoras não estão conseguindo atender a essa demanda tão alta. Em 2021, deve haver uma movimentação de R$ 33 bilhões, prevê a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Implementos (Abimaq).

A alta demanda tem feito os fabricantes enfrentarem problemas com a escassez de insumos, como aço, pneus e chips, que são essenciais para o funcionamento da tecnologia dos equipamentos.

A Agritech registra aumento de 54% nas vendas de tratores no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço otimista da empresa reforça o posicionamento do agronegócio como um dos principais responsáveis pelo desempenho da economia brasileira.

Apesar da pandemia da Covid-19, o setor buscou ultrapassar as dificuldades sem deixar de suprir as necessidades essenciais do brasileiro no mercado interno, além de seguir exportando commodities para outros países.

Agritech produz tratores voltados à agricultura familiar

Atualmente, os modelos de tratores 1155 Super Estreito e a série dos compactos 1160/1175/1185 são os principais destaques da marca Agritech, pioneira na indústria brasileira ao fabricar máquinas voltadas especialmente para a agricultura familiar.

O modelo 1155 Super Estreito, que possui apenas 1,18 metros de largura externa dos pneus, é leve, estreito e econômico. Não compacta o solo e é fácil de operar, atendendo especialmente os cafeicultores a desenvolver as melhores soluções. Com um motor de 42 cv, possui comandos laterais, além de contar com hidráulico para 1,5 mil Kg.

Os tratores da série 1160/1175/1185 compactos têm obtido melhores performances na lavoura de uvas, fruticultura em geral e café em razão das duas dimensões (largura e altura). Facilita o dia a dia da lavoura em diversas situações de aplicação, desde o preparo do solo ao transporte da colheita, o que dá aos equipamentos muita versatilidade. Possuem tração 4 X 4, capacidade do levante hidráulico de 2,2 mil Kg e câmbio principal e secundário sincronizados.

Ex-Tesla investe em trator inteligente

Fundadores da norte-americana Monarch Tractors, junto com parceiros do porte da Case New Holland, prometem popularizar máquinas inteligentes para uma agricultura cada vez mais digital. O objetivo é propiciar que fazendeiros possam operar máquinas sem motoristas e com baixo consumo de bateria.
A Monarch Tractors, startup norte-americana com sede em Livermore, Califórnia, desenvolveu um trator autônomo movido a bateria que entrará em produção total no próximo ano.

Não é um robô de fazenda. Trata-se de um trator com engate de três pontos e hidráulica. O controle da hidráulica foi desenvolvido por meio de software.

As baterias podem ser trocadas em campo, sem a necessidade de que seja um operador na máquina. Ao contrário do conjunto de sensores usados ​​em veículos de passageiros autônomos, os tratores monarca são guiados apenas por câmeras.

John Deere se destaca na venda de trator

A participação da John Deere no mercado de tratores tem se consolidado nos últimos dois anos, como a líder no segmento, a multinacional que tem no Rio Grande do Sul um de seus principais mercados no Brasil, ocupou lugar antes preenchido pela Massey Ferguson.

De acordo com dados do anuário de 2018 da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), enquanto a John Deere fabricou 13.824 unidades de tratores de roda no ano passado, a Massey Ferguson produziu 13.458. A liderança foi assumida em 2017 e repetida no ano passado. A Massey, porém, segue ganhando nas exportações de tratores, com 2.341 unidades vendidas ao exterior, enquanto a John Deere vendeu para fora do Brasil 1.115 unidades.

Máquinas agrícolas: Mercado deve bater faturamento recorde de R$ 33 bi em 2021

Além do Rio Grande do Sul ter uma variação climática grande, cujos danos podem ser reduzidos com uso de máquinas, softwares e controles de dados mais modernos, os agricultores também têm o desafio de aumentar constantemente os ganhos na mesma área plantada. Isso porque, ao contrário de outras regiões produtoras, onde há terras para expansão, no Rio Grande do Sul, o crescimento com aumento na área é restrito pela escassez de terra disponível. E, por isso, a tecnologia é uma aliada ainda mais importante.

Entre os destaques da John Deere na feira, está a nova linha de pulverizadores. A nova tecnologia é ideal para as características do Rio Grande do Sul, devido às peculiaridades da geografia local. O sistema controla automaticamente a velocidade do veículo para adequá-lo a áreas de desnível, inclinações do terreno e curvas, bastante comuns nas propriedades gaúchas, ao contrário do que ocorre com as plantas lavouras do Centro-Oeste.

História do trator

O trator se consolidou como uma importante máquina agrícola apenas há 100 anos, antes disso predominava o uso da tração animal. Desde a Revolução Industrial, na qual os trabalhadores humanos passaram a exercer atividades em fábricas, ao invés de plantio para subsistências, foi necessário investir em tecnologias que suprissem essa mão de obra humana no campo. A partir daí o motor a vapor começou a ganhar popularidade e evoluir tecnologicamente.

Em 1784, William Murdock construiu um primeiro modelo de motor a vapor em alta pressão. Até que em 1876, Nikolaus August Otto, registrou a patente do motor a combustão interna, o mesmo chegou à agricultura em 1890.

Mas, foi em 1906 que essas máquinas passaram a se chamar trator, quando um dos fabricantes da tecnologia publicou panfletos com a divulgação desse termo, que acabou se consolidando. O nome teve adesão por ser auto explicativo, já que o trator é uma máquina de tracionar.

Desde o século XX o trator ganhou novos acessórios, para desempenhar outras funções. Para isso, as evoluções tecnológicas foram inúmeras, até chegar ao moderno sistema de rodagem, cabine confortável para o operador, evolução de potência, barra de tração, TDP, engate de três pontos com levante hidráulico, entre tantos outros aspectos.

Mercado de trator no Brasil

De acordo com a Academia Nacional de Engenharia, dos Estados Unidos, a mecanização agrícola é a 7ª. maior invenção da engenharia do século 20, à frente do computador, telefone e naves espaciais. Daí porque foi indispensável para o Brasil criar um Plano Nacional da Indústria de Tratores Agrícolas, em 1959. Com isto, teve a liberdade de dar início à fabricação de tratores. Em seu estudo sobre o tema Carlos Alberto Alves Varella, doutor em Engenharia Agrícola, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que o trator foi o principal responsável pelo desenvolvimento da mecanização agrícola durante todo o século 20. Antes disso, as máquinas utilizadas no país eram importadas, e a frota nacional contava com cerca de 60 mil unidades. No ano 2000, quando realizou o estudo, Varella observa que já existia uma frota de 450 mil tratores. E com o incentivo governamental em 2014, o número cresceu para 800 mil tratores. Ainda não é muito, quando comparado com a frota americana, que já no ano 2000, contava com 4,8 milhões.

Como funciona o trator

A constituição geral dos tratores consiste em: motor, sistema de transmissão, sistema hidráulico e rodados. Os demais componentes estão montados em uma estrutura denominada chassi. Ambos por óbvio são extremamente potentes. Dessa forma, com um alto rendimento, o trator pode ser utilizado em diversas tarefas pesadas, sejam elas agrícolas ou industriais.

As principais atividades do trator são força de tração, torque de um eixo rotativo e energia de pressão hidráulica.

A energia do trator é gerada a partir de queima de combustível, o mais utilizado para essa finalidade é o óleo diesel. Além disso, esse tipo de maquinário pode ser encontrado em duas diferentes formas de locomoção: pneus (2RM ou 4RM) ou esteira. A escolha entre esses modelos deve ser feita de acordo com a necessidade de potência e aderência do solo.

Links pesquisados

www.agriworld-revista.com/

www.jornaldocomercio.com

www.cgfseguros.com.br

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