Além de bons para o esporte, o comércio de equinos também está em alta
“Meu reino por um cavalo”, disse Ricardo III na obra de Shakespeare. Dá para ter uma dimensão do valor de um animal como este?
Só quem ama é que sabe. Estrelas das olimpíadas nas provas de hipismo, nos rodeios, ou mesmo pastando no campo ou selvagens, os cavalos nos fazem pensar em liberdade, força e beleza.
E o mercado de equinos está em alta. Com o terceiro maior rebanho do mundo, perdendo apenas para China e México, o Brasil movimenta mais de R$ 16 bilhões por ano com este animal.
E mais: a equinocultura gera 3,2 milhões de empregos, até seis vezes mais que a indústria automotiva.
Muito além da compra e venda de equinos
Engana-se quem pensa que cavalos só dão lucro para venda. Atualmente existe um mercado inteiro voltado para equinos.
Entre as atividades relacionadas estão: escolas de equitação, ração, selaria, acessórios, serviços veterinários, leilões, seguros, aplicativos e muitos outros.
Os rodeios também são uma atividade bastante lucrativa. Entre as principais raças para esta modalidade estão o Quarto de Milha, o Appaloosa e o Paint Horse.
Estes animais são tratados como atletas profissionais e recebem todo o tipo de cuidados e treinamento necessários para as competições. Muitos são fruto até de melhoramento genético.
Os melhores cavalos para os rodeios devem ter resistência, velocidade, força e agilidade para competir em provas como cuitiano, sela americana, bareback e três tambores.
Conheça as regras de cada uma:
Cuitiano: realizada somente no Brasil, nesta modalidade o peão deve segurar a rédea usando apenas uma das mãos;
Sela americana: aqui o peão deve ser capaz de levar suas esporas até o pescoço do cavalo (mark-out). Isso deve ser feito assim que o animal é solto e coloca as patas no chão;
Bareback: é o nome da alça de couro em que o peão deve se segurar. O objetivo é o mesmo da sela americana e o mark-out deve ser feito em até oito segundos.
Três tambores: única prova feminina em equinos. Nela a competidora deve contornar três tambores com o cavalo no menor tempo possível.
Equinos são fortes também no hipismo
Os cavalos também brilham nas provas de hipismo, que é esporte olímpico desde os jogos de 1900, em Paris.
O hipismo tem uma variedade de provas, entre elas o adestramento, saltos e cross country.
Um pouco diferente dos rodeios, no hipismo são os cavalos devem ter outras características. Entre elas: coragem, inteligência e elegância.
As melhores raças para esta prática são: anglo árabe, quarto de milha, brasileiro de hipismo, mangalarga, pampa e andaluz.
Aplicativo conecta compradores e vendedores
Se você está interessado em comprar ou vender equinos, outros animais e produtos e serviços do agronegócio, precisa conhecer o aplicativo do Buscar Rural.
Ele conecta interessados na compra e venda pelas redes. Nele é possível anunciar e procurar animais negociando diretamente com o vendedor. E de graça! Você pode baixá-lo em seu celular pelo Google Play ou App Store.
Consórcios e financiamentos facilitam a compra dos equinos
Ter um bom cavalo não custa pouco. Os bons animais são vendidos por R$ 16 mil podendo chegar até R$ 60 mil.
O preço é definido com base em diferentes fatores como idade, raça e função que irá desempenhar.
Por isso algumas pessoas recorrem ao financiamento ou consórcio. Este último não difere muito do consórcio de imóveis, por exemplo.
Nesta modalidade o interessado participa de assembleias nas quais são sorteadas cotas. Também é possível oferecer lances para ser contemplado.
Já para o financiamento existem linhas de créditos especiais para compra de animais. Ele pode ser usado para aumentar o número de animais e até para começar a criação.
Veja também: Buscar Rural auxilia na aquisição de consórcio ou crédito rural
Lei protege animais em competições
Seja na criação, compra e venda, rodeio ou hipismo, é preciso levar em conta as boas práticas no manejo de qualquer animal, incluindo o cavalo.
Isso porque cada vez mais as pessoas estão tendo consciência sobre o bem-estar dos animais, tanto domésticos quanto os usados para criação, esportes e silvestres.
Já está em vigor no Brasil a lei (Lei 13873/19), que prevê a proteção de animais usados em competições.
Elas asseguram a proteção e o bem-estar dos animais, e prevê punições para os casos de descumprimento.
De acordo com a lei, é necessário prevenir ferimentos e doenças por meio de instalações, ferramentas e utensílios adequados, além da prestação de assistência médico-veterinária.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Fontes pesquisadas:
animalbusiness.com.br
criacaodecavalos.com.br
rededoesporte.gov.br
7mboots.com.br
revistadeagronegocios.com.br
canaldocriador.com.br
camara.leg.br