Enquanto o comércio de veículos novos está enfrentando um momento de retração nas vendas, o mercado de Pickups está surpreendendo em alta. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nos últimos dois anos este segmento teve um crescimento de 6%, sendo que o setor de automotivos em sua totalidade amargou uma queda de 10,9% no período.
As pickups conseguiram a façanha de se aproximar do desempenho do mercado dos tão desejados SUVs, que subiram 10% no período. Porém, se os SUVs inflaram seus números juntando a chegada de novas versões e a estreia de nomes inéditos (VW Nivus, Ford Territory, Tiggo 8), as pickups explodiram sem que fossem apresentados tantos lançamentos.
Um bom exemplo desse cenário é a Fiat Strada, que vendeu 80,6% a mais que em setembro de 2020, de acordo com os números da Fenabrave. A Mitsubishi L200 foi outra que teve um belo desempenho nas lojas, com 47,5%. Reestilizada, a nova Chevrolet S10 ficou com um aumento de 6,5%. A velha conhecida Toyota Hilux também cresceu, abocanhando 12,3%.
A Ram 2500, teve um resultado além do esperado, com nenhuma pickup emplacada em setembro de 2019, o modelo cresceu para 22 unidades em 2020 e espera superar essa marca neste ano. Mérito da nova versão, que estreou em dezembro último.
Procura pelas pickups foi intensificada na pandemia
A pandemia mostrou que os efeitos negativos no setor foram muito menores para o bolso e o humor dos compradores de veículos mais caros. O mercado viu neste ano marcas como Porsche, Volvo, BMW e McLaren terem um desempenho invejável no primeiro semestre, período mais agudo da crise. E as pickups seguiram na mesma trilha.
Nesse cenário de crise, elas tiveram crescimento expressivo segundo ranking de abril, com a Toyota Hilux em 5º lugar, Fiat Toro em 6º e Chevrolet S10 em 14º. Ao passo, que no período anterior a pandemia, no início do ano era Toro em 10º, Hilux em 20º e S10 em 28º.
Outra justificativa para esse crescimento é o perfil desse público, que tem uma relação de consumo muito mais emocional que a média. A pesquisa Segmento Automotivo 2016 da Quatro Rodas, feita com 3 mil entrevistados, mostrava que os critérios de compra racionais eram decisivos para 55% dos donos de automóveis comuns e para 50% dos proprietários de automóveis premium, contra apenas 26% dos picapeiros. Para estes, aplica-se aquele velho ditado “vale mais um gosto do que o dinheiro no bolso”.
EMPREENDEDORISMO RURAL: A OPORTUNIDADE DE GERAR RENDA NO CAMPO
Outro bom motivo para o setor estar experimentando este momento positivo é o ótimo desempenho do agronegócio brasileiro, que cresceu 1,6% no primeiro semestre frente a uma queda de 5,9% do PIB brasileiro. É daí que sai uma boa parcela dos compradores de pickups, especialmente as maiores e mais caras, que são ao mesmo tempo belos brinquedos para fazendeiros “cheios da grana” e um termômetro de status social para a turma do campo.
Os fabricantes comemoram ainda mais que os donos de pickup, uma vez que esses veículos tendem a gerar maiores lucros por unidade. Não há dados conhecidos para a realidade brasileira, mas números do mercado americano revelam que uma pickup full-size (como a Ford F-Series e Silverado) deixa até US$ 17 mil de margem positiva para a GM, enquanto seus automóveis de passeio chegam a dar prejuízo.
Aliás, é isso o que explica o surpreendente fato de a Ford não vender mais nenhum automóvel de passeio nos EUA desde que o último Fusion deixou de ser produzido em julho (a montadora só investe agora em SUVs e pickups).
O modelo pickup tem a maior alta em uma década
No primeiro semestre deste ano, a participação das pickups nas vendas totais de automóveis e comerciais leves, no país, chegou a 14%, a maior da década, com 107,5 mil unidades vendidas. Enquanto as vendas de carros hatches e sedãs caíram cerca de 43% em relação a 2019, as de pickups tiveram retração de 32%, ficando atrás apenas dos utilitários-esportivos (SUVs), com redução de 30%, num mercado que está 40% inferior ao do ano passado.
O presidente da Bright Consulting, Paulo Cardamone, confirma que o agronegócio, por continuar crescendo apesar da crise econômica, mantém a demanda por pickup, em especial as de médio porte, como a Toyota Hilux, uma das preferidas no campo. “Junto com os SUVs é o segmento que está segurando o mercado”, diz.
Hoje as pickup representam 7% das vendas globais de veículos, enquanto no Brasil é o dobro disso, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde a participação é de 18%. Em número de unidades vendidas, o País é o quinto maior – em veículos como um todo está em oitavo lugar no ranking global.
Com fôlego para aumentar ofertas no mercado brasileiro, hoje com 12 modelos à venda, há pelo menos sete lançamentos de pickup inéditas previstos para este ano, sem contar as reestilizações que vão ocorrer em veículos já tradicionais como Chevrolet S10 e Toyota Hilux. Para comparar, os SUVs, que ficam com 25% das vendas totais, têm 40 opções em oferta.
As pickups usadas valem mais que ações da Bolsa
A queda nas vendas de automóveis no Brasil, claramente associada à crise financeira e sanitária, fez com que ocorresse uma imensa queda nas vendas. Com um pequeno aumento nas vendas dos carros novos. A indústria automotiva passa por uma reestruturação. E isto, muito em função da falta de matéria-prima, e também a desvalorização do real. Mas, com as pickups, a história é totalmente diferente, o segmento de usados vive um momento de muita procura e os preços nem estão tão baixos assim, em muitos casos superam o valor de ações na Bolsa de Valores. Basta acessar os anúncios oferecidos pelo Buscar Rural, para entender o que estamos falando.
Crescimento das vendas no setor de Pickup está atrelado ao agronegócio
Olhando apenas o setor de pickup, entretanto, a história parece outra e, ainda que as vendas de caminhonetes também tenham diminuído em relação a 2019, a demanda é tão alta que as fábricas têm tido dificuldade de atendê-la.
Com uma menor demanda de novos no mercado, o resultado, por consequência, foi a valorização dos usados, mais caros que unidades novas, indica análise exclusiva da Kelley Blue Book Brasil.
É evidente a guinada que o agronegócio deu nas vendas das pickups. Uma vez, que em plena entressafra nas montadoras, as pickups foram as mais procuradas pelo setor. Isto porque não pararam com a crise, e estão inclusive com aumento na demanda interna e ampliando cada vez mais as exportações.
Ao mesmo tempo, os modelos seguem visados por outros setores da economia, ainda mais atraídos por lançamentos como a Fiat Strada e o facelift da Toyota Hilux, que já está sendo fabricada na Argentina, e deve ser lançada no Brasil em novembro, já que o design já foi registrado no INPI. O modelo brasileiro será similar ao europeu. Enquanto isto, algumas montadoras, dentre elas, a Chevrolet, Volkswagen e Honda, por exemplo, tiraram o pé do acelerador, e ampliaram os prazos de entrega. E o mesmo aconteceu com a produção da Fiat, em Betim.
Focado em vendas online, Buscar Rural investe junto ao Rural Pago
Liderando o ranking de valorização, que está ocupando o segundo lugar de veículo mais vendido do Brasil, até o momento, é a pickup Strada, segundo o ranking de valorização da KBB, com preço-médio de revenda 3,37% maior que na concessionária.
Se fosse um papel da Bolsa, a Strada superaria com folga o índice Ibovespa (-3,52% no ano), além de empresas como Petrobrás e Vale no desempenho desde o início de 2021.
O fator novidade também vale para a Hilux, cuja versão repaginada tem aumento médio de 2,04% no período. O modelo SRX é, inclusive, líder de valorização nominal, custando, usado, um pouco mais que o novo.
É fato que o Brasil está vivendo uma situação atípica, conforme demonstram as análises feitas por especialistas. A empresa KBB – Kelley Blue Book – que é referência em preços de carro aponta o “desequilíbrio entre a oferta e demanda e os impactos da pandemia no fornecimento de matéria-prima para a produção de veículos”.
A chegada de novas pickups, como a próxima Fiat Toro, também deverá causar certa agitação no mercado. Aliás uma chance única para revender alternativas seminovas, com baixa quilometragem, que você encontra nos anúncios aqui do Buscar Rural, e de quebra engrossar o orçamento.
Produtor rural tem desconto na compra de pickups
Ao comprar um carro ou pickup novos o produtor rural conta com benefícios, descontos, isenções e incentivos fiscais. O desconto não serve para todos os modelos, as montadoras que especificam o valor do desconto e quais modelos do veículo possuem o benefício. Mas a conta final vale muito a pena.
Claro que os preços vão sofrer importantes alterações a depender do tempo de uso e demanda sobre o produto. Ou seja, como existe um maior interesse neste tipo de nicho, as montadoras trabalham com descontos que podem chegar a 30% no geral, as pickups leves e furgões apresentam incentivos mais robustos.
O mercado se mostra aberto com oportunidades tanto para quem quer comprar uma pickup nova ou para aqueles que vão trocar a usada. O que se vê é que as pickup se tornaram hoje “o novo ouro” na negociação de veículos novos e usados.
Para ter direito ao desconto algumas montadoras exigem o comprovante de produtor rural o ITR (Imposto sobre propriedade Territorial Rural), porém, outras apenas pedem o cartão de inscrição ou nota fiscal recente. O principal é que o produtor seja formal em sua atividade para ter o benefício no ato da compra.
Produtores que atuam com Agropecuária e utilizam CNPJ também têm direito ao desconto, neste caso, o valor será disponibilizado por meio de validação do CNPJ.
Cuide da manutenção da sua pickup
Para manter a vida útil de sua pickup é importante fazer uma revisão a cada seis meses ou 10 mil quilômetros rodados. Queridinhas no Brasil, as pickup surgiram no mundo em 1917, mas só nos anos 50 que elas passaram a ser fabricadas por aqui. Os primeiros modelos foram Ford, Chevrolet, Willys e Dodge. Se você é fã de pickup fique atento à manutenção do eixo diferencial.
O eixo diferencial é um componente muito importante no conjunto de uma pickup, afinal é responsável por transmitir a potência do motor para as rodas de tração, mesmo em alta velocidade, fazendo girar mais rapidamente a roda externa em relação a interna em uma curva, compensando as diferentes distâncias percorridas por elas. Por isso, deve-se cuidar bem desta peça para evitar avarias e surpresas desagradáveis.
Atente-se para as peças e ferramentas adequadas
Durante a manutenção do veículo é preciso lembrar que o uso de peças originais é essencial. Além disso, usar peças originais e ferramentas adequadas é a única forma de executar o procedimento correto. Dentre eles, os sacadores de rolamentos, expansores de carcaça, base magnética, relógio comparador, paquímetro digital e micrômetro (de 0 a 25mm), tudo dentro das normas indicadas. Sem falar, que o lubrificante deve ser trocado a cada 50 mil Km, sem falta, seguindo sempre as especificações Multiviscoso 85W-140 API GL 5.
É necessário ainda usar um cavalete para a fixação do eixo, não apenas por segurança, mas para facilitar o processo. Caso a plaqueta de identificação não esteja legível, ou caso não exista um técnico ao alcance, consulte os números presentes no pinhão, na coroa ou na caixa satélite para ter acesso aos dados necessários para a correta montagem, presentes no catálogo de serviços ou no manual da pickup.
Se você é fã de carteirinha das pickups venha conferir no aplicativo do Loop (basta procurar o Buscar Rural, em sua loja de aplicativos) todas as opções que você quiser, estarão à disposição em nossa plataforma. Está esperando o quê? Com seu celular na mão e apenas alguns cliques você pode comprar e pagar sua pickup. Dê o primeiro passo para conquistar seu sonho.
Fontes: Quatro Rodas, Auto Entusiastas, Isto É Dinheiro, Dia Rural e Caminhonete e Cia