reciclagem

Reciclagem e compostagem de lixo orgânico gera sustentabilidade

Reciclagem é o nome dado ao processo de reaproveitamento de objetos usados para confecção de novos produtos. Na zona rural, ocorre a reciclagem do chamado lixo orgânico, que seriam restos de alimentos. Esses “restos” são utilizados para fabricação de adubo orgânico que é utilizado para preparar o solo das plantações.

Entretanto, segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), embora o Brasil conte com uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, são reciclados apenas 2,1% do total de resíduos coletados. O percentual é o mesmo há pelo menos 3 anos. E se for bem analisado, é importante lembrar que o processo de reciclagem gera riquezas, já que algumas empresas usam o procedimento como uma forma de reduzir os custos e também contribui para a preservação do ambiente. Os materiais mais reciclados são o papel, o plástico, o vidro e o alumínio.

Contudo, a Organização Não Governamental, WWF Brasil, reconhece que é muito pequeno o plástico reciclado, em comparação com a produção. Baseados nos dados de 2019, a ONG afirma que foram geradas 11,3 milhões de toneladas e deste total, apenas 145 mil foram recicladas em território nacional, ou seja, 1,3%. Daí a razão para o país estar muito abaixo da média global, quando se fala em reciclagem plástica – que é de 9%.

Coleta seletiva é feita no mundo

A coleta seletiva do lixo e a reciclagem são cada vez mais conhecidas em todo o mundo, uma vez que a reciclagem auxilia na redução da poluição do solo, do ar e da água.

No Brasil, existem em grande número de cooperativas de catadores de alumínio e de papel. O alumínio pode ser reaproveitado totalmente.

A correta destinação de resíduos no meio rural é de suma importância para a preservação ambiental. Resíduos sólidos contaminam o solo, o ar, as águas, sendo nocivos às plantas e aos animais, sejam silvestres ou domésticos. Para fazer a correta destinação, primeiramente é preciso conhecer bem e saber separar cada tipo de resíduo.

Dejetos de animais, resíduos de podas, serragem, papelão e restos agrícolas, que são caracterizados como resíduos orgânicos, sendo mais facilmente reciclados no meio rural, muitas vezes constituindo-se em valioso adubo para a recuperação da capacidade produtiva do solo ou mesmo para a produção de combustível, como é o caso dos biodigestores movidos a dejetos animais, suínos e bovinos.

Reciclagem implica na destinação adequada dos resíduos

Já as embalagens de agrotóxicos, os lubrificantes, as sucatas de maquinário agrícola, entre outros materiais sintéticos (metais, vidros, borrachas, plásticos e produtos químicos) oriundos de indústrias, são caracterizados como resíduos não orgânicos.

Em geral, a correta destinação dos resíduos não orgânicos é mais difícil, pois envolve a necessidade de sua remoção para a indústria de reciclagem e, no meio rural, a separação e coleta desses resíduos é dificultada pelo alto custo do transporte às longas distâncias. Essa remoção para a reciclagem pode ser feita pela própria empresa que gerou o material que compõe os resíduos, em um processo denominado de “logística reversa”, como é o caso do recolhimento sistemático das embalagens de agrotóxicos.

O produtor deve conhecer bem qual é a destinação mais adequada para cada tipo de resíduo por ele gerado. Para os orgânicos, ele pode buscar implantar processos para transformá-los em adubos, como a compostagem ou a vermicompostagem.

Se o volume de resíduos orgânicos for muito grande, como nos casos dos grandes confinamentos de suínos ou bovinos, o produtor pode buscar implantar um biodigestor, e com isso gerar combustível para abastecer os veículos e máquinas da propriedade, gerar calor para cozimentos, aquecimento de ambientes ou para aquecer caldeiras.

Importância da compostagem no meio rural

Preservar o meio ambiente é outro efeito da reciclagem

O uso da compostagem na produção rural é um processo importante para a preservação do meio ambiente e que pode gerar diversos benefícios financeiros, com a redução do uso de produtos químicos, maior produtividade e aproveitamento melhor dos recursos.

De acordo com o analista de Agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) Caio Coimbra, a implantação do processo de compostagem, se feito da forma correta, traz benefícios sociais, econômicos e ambientais para a produção agrícola e pecuária.

Nas produções de grande porte, como, por exemplo, no confinamento de gado, a compostagem pode significar economia, já que o adubo orgânico gerado no processo reduz o volume de produtos químicos a serem aplicados nas plantações.

O processo de compostagem tem a vantagem ambiental no que se refere às questões hídricas. Isso porque se evita que aquele composto mais cru vá para o meio ambiente e polui o lençol freático e as águas superficiais, como os rios e lagos.

Hoje os preços dos adubos estão muito caros e quem utiliza, dentro da propriedade, os compostos com nível orgânico maior deixa de comprar parcialmente insumos químicos.

Agrotóxicos tem logística reversa

No caso da indústria de agroquímicos, a preocupação com a destinação correta das embalagens vazias de seus produtos é ante­rior à Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida em 2010. O projeto piloto, que deu origem ao Instituto Nacional de Proces­samento de Embalagens (Inpev), data de 1992.

Essa iniciativa pioneira ajudou na formu­lação da lei 9.974/2000, que regulamenta a destinação final das embalagens de agrotó­xicos e prevê responsabilidade compartilha­da da cadeia.

O agricultor fica encarrega­do da tríplice lavagem das embalagens, de fazer um furo ou corte para utilizá-las e de armazená-las em local apropriado até a devolução nos pontos de recebimento. Os revendedores têm a incumbência de dispo­nibilizar os postos para o produtor entregar as embalagens, bem como indicar esses lo­cais na nota fiscal de venda da mercadoria.

A indústria fica com a tarefa batizada de sistema Campo Limpo. Trata-se da logística reversa, ou seja, os caminhões que fazem a distribuição dos agroquímicos, no caminho de volta passam nas unidades de coleta e levam o material até as centrais que darão a destinação correta.

Compostagem ajuda a reciclagem e gera economia

A compostagem é muito interessante na produção rural, principalmente, por ela permitir que os resíduos orgânicos tenham o devido retorno para o meio ambiente.

O uso da técnica de compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais) ou rural.

A maior vantagem que pode ser citada é que, no processo de decomposição da compostagem, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus).

Por se tratar de um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbio), permite que não ocorra a formação de gás metano (CH4), gerado nos aterros por ocasião da decomposição destes resíduos, e mesmo que alguns aterros utilizem o metano como energia, essas emissões contribuem para o desequilíbrio do efeito estufa, influência humana potencialmente determinante das mudanças climáticas.

Outono é tempo de se recompor

Enquanto o Brasil patina para implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos – que prevê o fim dos lixões a céu aberto, a destinação do lixo para aterros sanitários e a responsabilidade compartilhada, em que a empresa que gera o resíduo se com­promete a dar uma solução –, as agroin­dústrias de frangos e suínos se juntaram para encontrar fim correto às embalagens que produzem.

“Hoje, frigoríficos calcu­lam a quantidade de resíduos que geram e recolhem determinado valor para uma grande associação, a Cempre (Compro­misso Empresarial para Reciclagem), que tem projetos para se desfazer dessas em­balagens”, diz Rui Eduardo Saldanha Var­gas, vice-presidente técnico da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que tem 145 indústrias associadas, sendo que 70% delas geram passivos para a recicla­gem.

Confira o passo a passo para fazer compostagem:

Encontre um bom recipiente

Em um espaço ao ar livre, escolha uma lata de lixo ou balde de plástico para depositar seu composto. É necessário que você fure o fundo do recipiente para que o chorume possa escorrer. Porém, abaixo da composteira deve haver uma bacia para armazenar esse líquido resultado da decomposição (com certo espaço entre ela e a composteira para que o chorume possa passar).

Colete o lixo de sua propriedade

Reúna o lixo misturando os materiais. Você precisa ter duas vezes mais resíduos marrons como serragem, folhas secas, papelão e folhas de jornal do que os verdes, que incluem frutas, vegetais, grama e borra de café. O primeiro tipo é farto em carbono, enquanto o segundo oferece nitrogênio. Caso o composto esteja seco demais, vale a pena umedecer com um pouco de água.

Organize o material na composteira 

Na composteira, coloque uma camada de material úmido sobre três camadas do seco, pois isso irá acelerar o processo de decomposição.

Aguarde o resultado

Durante as semanas seguintes, as sobras de comida e lixo se tornarão solo. O material estará pronto quando tiver aspecto e cheiro de terra. É importante ter em mente que isso não substitui o solo, agindo somente como fertilizante para nutri-lo.

Links Pesquisados

www.natureambiental.com.br

www.bnb.gov.br

www.diariodocomercio.com.br

www.cicloorganico.com.br

www.nacaoagro.com.br

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