A tão decantada música “Casinha Branca”, se transformou quase num hino nacional, nestes tempos. Talvez por conta do confinamento prolongado, muitas pessoas puderam trabalhar em casa e perceberam que ficar preso num apartamento ou entre quatro paredes, não é tão legal assim. Com isto, nasceu a oportunidade, em muitos casos, foi mesmo a necessidade, que fez algumas pessoas de se mudarem para uma casa de campo.
Em muitos casos, a decisão foi acelerada pela necessidade, já que por perda de emprego, algumas pessoas se viram obrigadas a voltar a morar com os pais, e descobriram, quando estes moravam em cidades mais afastadas da Capital, por exemplo, que não era tão ruim assim. Portanto, para a mudança se tornar definitiva foi um pulo. Enquanto para outras, morar no campo, ou mesmo passar temporadas, é sinônimo de liberdade. Algo que o home-office deu a muitas pessoas, foi a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar.
O que foi, em muitos casos, o gatilho que faltava para alugar uma casa mais retirada da cidade grande. Por sua vez, na prática, essa série de adaptações desencadeou o fenômeno da migração quase natural, em 2021, levando pessoas que vivem em cidades grandes, a desejar ter a sua casa de campo, para viver ou apenas passar temporadas. Algo que até então era mais frequente após a pessoa se aposentar.
Migração para o campo é a maior dos últimos tempos
Tanto é verdade, que os IBGE apontam para o fato de haver sido impressionante esta elevação. No Censo de 2010, somente 38 municípios tinham população superior a 500 mil habitantes, e apenas 15 deles tinham mais de 1 milhão de moradores. Já em 2021, eram 49 os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes e 17 com mais de 1 milhão.
Segundo um estudo publicado pela Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Dados Demográficos, o fenômeno não ocorre apenas no Sudeste, mas em todo o Brasil. Os resultados mostram que, apesar de a maioria das cidades apresentarem perda populacional para destinos mais distantes (inter-regional), grande parte é relevante na atração intrarregional (média distância) e, notadamente, intraestadual (curta distância), que exercem o papel de desconcentrar a população das metrópoles. No último Censo aponta que mais da metade da população brasileira (57,7% ou 123,0 milhões de habitantes) está concentrada em apenas 5,8% dos municípios brasileiros (326 municípios do país com mais de 100 mil habitantes).
Casa de campo para descansar
Naturalmente, nem todos podem simplesmente optar por abandonar a vida na cidade grande, mas há sempre a chance de alimentar o desejo de descansar, que seja nos finais de semana, alguns dias por mês, em um espaço mais próximo da natureza. Daí a opção de muitos por adquirir um segundo imóvel fora da cidade.
O microempresário Giovanni Coutinho, colunista do Dinheirama, relata sua própria experiência, quando por volta dos 40 anos, fez o caminho inverso, pois tinha ido para a metrópole, para estudar e trabalhar por volta dos 20 anos, e reconhece que tem sido está a opção adotada cada dia mais precocemente, por quem também fez o caminho do interior para a cidade, por alguma razão. E a boa notícia é que seja para viver, ou apenas como uma maneira de aumentar o seu patrimônio, ou para revender no futuro, ou ainda deixar de herança para os filhos, ter uma casa de campo é uma excelente alternativa.
O importante é que você está investindo o seu dinheiro em garantias que são sempre bem-vindas pelo mercado e assegurando tranquilidade para sua vida financeira. Aqui no site do Buscar Rural você encontra várias propriedades à venda. Porém, o colunista recomenda levar em conta alguns pontos importantes, na hora de fazer a aquisição da casa de campo, são eles: mudança de hábitos; fique líquido; onde morar?; custo de vida; casa ou apartamento: próprio ou alugado? e garantia de renda da família
Tornar o sonho da casa de campo em realidade
Na verdade, há quem pense que morar no campo, acarreta uma série de perdas de confortos urbanos. Mas na realidade, nem sempre é verdade. Uma vez, que os agrupamentos de municípios se tornam unidades funcionais que podem ser formadas por mais de um município, considerando-os indissociáveis, conforme relata o estudo feito em parceria pela economista Silvana Nunes de Queiroz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e co-autores, em que explica que são os chamados municípios conurbados, com forte integração por deslocamentos pendulares para estudo e trabalho e permite encontrar praticamente tudo que está disponível nos grandes centros, a apenas alguns metros de distância, já que as distâncias são encurtadas pela ausência do tráfego urbano.
Portanto, pôr em prática o projeto de ter sua casa de campo pode sair mais barato do que adquirir um imóvel na cidade. Dependendo da região, o valor do metro quadrado é mais baixo, e você ainda pode escolher entre construir ou comprar um local pronto.
Inúmeras vantagens em viver em uma casa de campo
Para quem vive nos grandes centros urbanos e precisa encarar longas distâncias, trânsito engarrafado, violência, poluição, entre outros problemas, a possibilidade de ter um refúgio pessoal para descansar e eliminar o estresse de tempos em tempos é essencial.
E para quem diz, que é mais fácil, ir para um hotel, ou alugar um espaço no campo, quando bater a vontade de estar lá. Nem sempre é possível se sentir em casa, num hotel, por melhor que ele seja. E claro, ter esta sensação, de se sentir em casa, não há preço que pague.
Sem falar, que o fato de ser seu, te dá uma “responsabilidade” de parar para ir recarregar as energias, limpar a mente e desenvolver novos hobbies, como montar uma horta e desfrutar o prazer de se alimentar com temperos frescos.
E para quem está esperando a aposentadoria, nos tempos atuais, este pode ser um sonho bem distante. Mas mesmo para quem está próximo, não há por que esperar para pôr em prática este objetivo. O importante é ter um bom planejamento financeiro. Por isso, comprar uma casa de campo também significa planejar a melhor idade — pensando tanto na parte financeira quanto na qualidade de vida. Escolha um local agradável e no qual você sinta prazer de viver nesta fase da vida.
Propriedade rural é negócio sustentável
Uma casa no campo é sinônimo de maior tranquilidade, seja pela menor densidade de pessoas, de carros e pelo maior contato com a natureza. Ela também proporciona contato mais intenso com pessoas queridas, podendo hospedá-las em curto período.
Além de poder praticar a horta orgânica, é possível ter em uma casa de campo, uma piscina, dispor de móveis ao ar livre para apreciar a beleza do entorno. Se próximo a riachos, aproveitar para tirar um tempo pescando, se esta for um hobbie, ler numa rede. Enfim, estar mais próximo de áreas verdes sempre promove uma espécie de higienização mental, que dão mais qualidade à vida, sem sombras de dúvida.
Viver em comunidade
Há uma tendência nos Estados Unidos, que já está se disseminando ao restante do mundo, chamada Community Farm ou Agrihold.
O conceito trabalha com o propósito de garantir às pessoas daquela comunidade a possibilidade de cultivar e consumir em pequenas áreas coletivas que atendam aos diversos moradores da região.
Ao se poder contar com fazendas comunitárias as pessoas do entorno, são as principais beneficiadas, uma vez que em geral a produção é excedente ao consumo daquela pequena comunidade. E com isto, eles acabam por disponibilizar para os vizinhos a opção de comprar. Claro que para que funcione da melhor forma, uma pessoa mais experiente fica encarregada de cuidar da área com frequência. Além disso, os próprios moradores também podem colaborar para os cuidados locais, gerando uma iniciativa coletiva que beneficia a todos da mesma área.
Sendo assim, além de uma oferta de alimentos mais saudáveis, e variáveis, permite que os moradores convivam bem, resgatem os benefícios que esse modelo de cultivo reforça. E o que ele impulsiona também é um convívio em comunidade mais colaborativo.
Se você tem filhos ou planeja ter, uma casa no campo funciona como um dos melhores lugares para criá-los com segurança e maior dedicação. Por conta de que muitas vezes, a rotina em cidades distantes pessoas da própria moradia. Foi esta a motivação que levou a microempresária Cecília Dionizio, aos 30 anos, a deixar a Capital de São Paulo para se estabelecer numa cidade com menos de 5 mil habitantes, e a cerca de 500 quilômetros de distância da capital. Hoje, vive na região central da cidade vizinha, com mais de 500 mil habitantes, mas não abre mão de sua casa de campo, onde passa boa parte da semana em total integração com a natureza.
Cuidados ao escolher uma casa no campo
Uma das primeiras coisas a se fazer ao escolher um imóvel é analisar as suas estruturas. Isso vai evitar gastos extras com consertos e até mesmo acidentes que podem ocorrer por conta de algum dano na parte estrutural da casa.
Fazer uma análise de mercado é importante antes de adquirir qualquer bem, inclusive um imóvel rural. Comparar os valores de casas de campo que chamaram a sua atenção, assim como locais na vizinhança, é uma maneira de saber se estará pagando um valor justo. Cuidado com ofertas muito abaixo do mercado.
Ter uma estrada com acesso acessível é outro fator importante para se levar em conta, na hora de obter uma casa de campo. Se for uma chácara, não raro elas estão em regiões rurais, e chegar até lá, pode ser impossível se você não tiver um carro. Os meios de transportes, nem sempre estão disponíveis.
Garanta sua casa de campo
Consórcio
O consórcio é uma modalidade muito usada para adquirir bens de consumo de valores altos, como imóveis e veículos. Nesse caso, forma-se um grupo com pessoas interessadas em fazer a aquisição de bens dentro da mesma categoria e, a partir disso, todos contribuem mensalmente com uma determinada parcela, formando uma espécie de poupança.
Por meio dessa poupança conjunta é possível a realização das assembleias – momento em que os consorciados são contemplados e a partir daí tem acesso à carta de crédito para adquirir o bem desejado. As contemplações ocorrem por meio de sorteio, além disso, existe a possibilidade de antecipar a contemplação por meio da oferta de lances.
Financiamento
Os financiamentos imobiliários são outra maneira de conquistar a sua casa de campo. Com eles, uma instituição financeira paga o valor do imóvel e, de acordo com as condições do programa, o comprador faz o pagamento ao banco ou à empresa financiadora. Nesse caso, as regras e aplicações de juros variam de acordo com cada financeira.
À vista
Além disso, é possível economizar para pagar o valor integral do imóvel de uma só vez. Caso você possa optar por essa modalidade, vale a pena verificar as opções de desconto oferecidas pelo vendedor do imóvel, a fim de conseguir um melhor negócio.
Permuta
Uma permuta permite que as partes ofereçam um item como forma de pagamento por outro. No caso da permuta de imóveis, o contrato trata, justamente, da troca de um imóvel por outro. Se ambos tiverem igual valor (ou seja, forem equivalentes em diversos aspectos), não é preciso utilizar dinheiro na transação. Caso haja diferença de valores, em muitos casos é possível inteirar a soma em dinheiro para qualquer um dos lados, igualando a oferta ao pedido.
Arrendamento
Quando não está muito clara a decisão de ter um imóvel rural, existe ainda a possibilidade de arrendar um imóvel. Algo que deve ser feito com contrato regular entre as partes. Ou seja, com firma reconhecida de arrendador e arrendatário e todas as cláusulas a serem contratadas para que não haja qualquer risco de desentendimento ao longo do processo. Há inclusive a possibilidade de se arrendar com vistas a comprar, o que permitirá que o valor pago a título de arrendamento, possa ser abatido do valor final da venda. É preciso dizer que para que o documento tenha validade jurídica, é importante que se registre em cartório. Nestes casos, a regra é que todas as cláusulas do contrato estejam de acordo com o Estatuto da Terra (Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964).
Seguro
Seja qual for a sua opção para ter uma casa de campo, nunca esqueça de fazer um seguro. Consulte todas as possibilidades junto a Rural Pago e proteja o seu bem, para evitar surpresas desagradáveis.
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