Para atender a demanda do agronegócio, o mercado precisa de profissionais do setor, como o agrônomo. Além de conhecer a parte técnica, é preciso estar conectado com as tendências atuais, tanto na área de tecnologia como de negócio.
De acordo com o Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Brasil conta com mais de 108 mil engenheiros agrônomos. Segundo dados do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, em parceria com a CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária, o agronegócio foi o responsável por 26,6% do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil, em 2020, ou seja, quase um terço de tudo que é produzido no país.
O PIB Agro está dividido em: 68% de participação da agricultura e 32% da pecuária. Quando um setor cresce, aumenta também o mercado de trabalho para os profissionais que atuam nele.
De olho nessa expansão e buscando oportunidades de se manter no mercado, a parceria entre produtores rurais e agrônomos é fundamental. Cabe ao agrônomo ser esse agente de desenvolvimento, buscando o alinhamento com as demandas do mercado.
E nessa constante transformação do agronegócio é necessário o foco na gestão e em estratégias, mas sem esquecer da essência do campo. A cada dia se torna mais necessário que o agrônomo esteja preparado para interagir com todos os elos d cadeia produtiva.
Ele precisa acompanhar desde o planejamento até a execução dos serviços relativos à produção e exploração dos recursos naturais, combatendo pragas e aumentando a produtividade do solo onde as culturas serão plantadas.
Ter segurança para a tomada de decisões e habilidade para gerir pessoas, são outros diferenciais que o mercado tem buscado.
O agrônomo precisa equilibrar produtividade e impacto ambiental
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura estima que a produção agrícola do Brasil aumentará 40% nos próximos 30 anos.
E o grande desafio dos agrônomos é atender a demanda mundial por alimentos com menor custo de produção, diminuição do impacto ambiental e maior produtividade. Isso só será possível com a gestão eficiente dos produtores rurais, em parceria com agrônomos altamente capacitados.
É preciso estratégias diferenciadas para garantir a produção em um país com extensão continental. São diferentes solos, escalas de produções agrícolas (familiar ou industrial) e condições sócio financeiras, tudo isso influencia diretamente o trabalho do agrônomo Brasil à fora.
Brasil é o segundo país que mais exporta grãos e segue como quarto produtor
Isso sem falar do clima que, mesmo quando é considerado bom para grande parte das lavouras, elas tem suas particularidades, mudando de região para região. Descobrir essas diferenças para aumentar as produções também é papel dos agrônomos.
O agrônomo precisa ser um profissional focado em desenvolvimento sustentável, com capacidade de equilibrar a rentabilidade da produção sem prejudicar o meio ambiente.
De acordo com o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2020, o agronegócio foi responsável por quase metade das exportações brasileiras.
Isso representa 48% das exportações, com superávit de US$ 87,76 bilhões.
São mais de 180 países que receberam produtos alimentícios do Brasil, segundo a ABIA – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos.
Tenha uma boa formação profissional
Por meio do trabalho do agrônomo é feito o melhor manejo das mais variadas culturas, possibilitando uma produção otimizada e conectada com as novas tecnologias disponíveis.
Um agrônomo bem preparado é aquele que investe em boa formação e segue se especializando, dentro das necessidades do segmento que pretende seguir.
Além da graduação é possível investir também em pós-graduação. Há vários tipos de pós, focado não só em culturas agrícolas, como os MBA com foco em gestão no agronegócio e aquelas voltadas para os agrônomos que pretendem dar aulas em universidades ou cursos técnicos.
Para atender às demandas atuais, algumas disciplinas estudadas pelo profissional da agronomia durante a graduação, são:
- Ciência e fertilidade do solo;
- Irrigação e drenagem;
- Economia e administração rural;
- Máquinas e mecanização;
- Anatomia e fisiologia vegetal;
- Química geral e orgânica; e
- Zoologia geral.
Onde um agrônomo pode atuar?
As variações do setor foram tantas nos últimos anos que, atualmente, um agrônomo atua muito além do ambiente rural.
Ainda que inserido em oportunidades de atuação dentro do agronegócio, ele desenvolve funções como:
- Consultor – levando ao cliente um entendimento dos aspectos gerais do seu negócio, desde a plantação, até as tendências de mercado.
- Estrategista – cuidando do processo de produção, desde o preparo da terra até a colheita e logística de escoamento dos produtos.
- Marketing e negócios – acompanhando ou viabilizando as vendas e mostrando o produto para o mercado.
- Administração – cuidando de toda gestão da propriedade ou estabelecimento agrícola, podendo também coordenar equipes técnicas.
- Carreira Acadêmica – agrônomos também podem dar aulas em faculdade e cursos técnicos.
Outro segmento de atuação do agrônomo é o setor público, ligado às políticas públicas e de vigilância sanitária.
E, caso não queira atuar no Brasil, a demanda mundial desses profissionais também é muito alta, em alguns países da América Latina, Europa, África e da Ásia a graduação brasileira é válida. E os brasileiros dessa área são bem vindos, por conta da diversidade de produção agrícola do país.
Produtores que ainda não contam com o auxílio de um agrônomo, talvez já seja hora de investir nesse profissional.
E para quem está entrando no mundo do agronegócio, se formar como agrônomo pode ser uma opção de carreira bastante promissora.
Se você é agrônomo a plataforma do Buscar Rural e ofereça seus serviços aos produtores rurais brasileiros.
Fontes – Embrapa; Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Climate Fieldview; Summit Agro; Consoagro; Jornal Dia