hidrovias brasileiras ainda são pouco exploradas

Hidrovias brasileiras ainda são pouco exploradas

Por que não exploramos nossas hidrovias? É a pergunta que não quer calar. As hidrovias têm pouco impacto ambiental, são sustentáveis e quase não emitem poluição atmosférica e aquática.

Em uma época em que a preocupação com o meio ambiente está em discussão e que líderes e pessoas de todo o mundo fazem esforços para cuidar mais do planeta, o Brasil precisa fazer sua parte.

E olha esse dado: uma carga carregada por um comboio em uma hidrovia pode substituir mais de 1500 caminhões na estrada, é muita coisa!

E não faz sentido não aproveitarmos nossos rios. Nosso país tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 60 mil quilômetros de rios navegáveis e, apesar disso, utiliza menos do que 30% do seu potencial.

 

Falta de infraestrutura

A informação é de Fabio Schettino, CEO da Hidrovias do Brasil. De acordo com ele, em uma entrevista para a revista Exame, uma das causas desse sub aproveitamento de nossas hidrovias é a falta de infraestrutura e de carga e descarga, ou seja, de integração logística.

O problema é que nossas hidrovias não desembocam no oceano e isso aumenta muito os custos com o transporte e logística.

E só piora: nossos 41.000km de hidrovias em funcionamento no país são mal aproveitados para o transporte de cargas e passageiros.

Atenção para informações da CNI (Confederação Nacional da Indústria): o orçamento para as hidrovias não chega a 3% do que é gasto para as rodovias.

E mais: de acordo com reportagem do Correio Brasiliense, nas 12 regiões da malha hidrográfica brasileira há brigas com hidrelétricas, pirataria e muitas outras dificuldades como a existência de muitas cachoeiras e seus desníveis.

 

E que pode ser feito para mudar esta situação?

 

– Conscientizar o poder público sobre a importância deste meio de transporte;

– Investir na manutenção e criação de novas hidrovias;

– Investir nas comunidades pelas quais passa o trajeto, auxiliando os moradores locais;

– Oferecer cursos para mão de obra qualificada;

– Estudar e se antecipar às mudanças climáticas que interferem nos trajetos;

– Investir no desenvolvimento de novas tecnologias, tanto das embarcações quanto dos trechos navegáveis.

 

E quais as vantagens e desvantagens do uso de hidrovias?

 

Como dissemos uma das grandes vantagens é um transporte limpo, sustentável, mais barato e até socialmente responsável. Outras são:

– Ótimo custo x benefício;

– Transporte entre longas distâncias;

– Baixo custo de manutenção;

 

Desvantagens:

– A carga demora mais para ser transportada;

– Depende de fatores climáticos, como as chuvas;

– Faltam integrações entre as hidrovias com os demais meios de transporte, o que encarece os custos;

 

E quais são as principais hidrovias do Brasil?

 

– Hidrovia do Amazonas: está na região Norte e tem 1646 km distribuídos em três estados: Amazonas, Amapá e Pará. É responsável por 65% do transporte hidroviário do país;

– Hidrovia do Madeira: atende 11 municípios e está localizada em Rondônia. Tem 1060 km e transporta, em sua maioria, grãos como milho, soja e açúcar;

– Hidrovia do São Francisco: é muito importante para a exportação brasileira pois é integrada com outros modais. Tem 2750 km que passam por nove municípios. Seu ponto forte é atender ao agronegócio;

– Hidrovia Tietê-Paraná: fica nas regiões Sul e Sudeste e passa pelos rios Tietê e Paraná por 2.400 km. Tem conexão com os principais portos do país com foco no Mercosul.

 

Hidrovias pelo mundo

 

As hidrovias também são bem aproveitadas pelos países europeus sendo estes os principais centros de transporte hidroviário do mundo.

Além disso países como China (hidrovia Yangtzé), e Estados Unidos (hidrovia São Lourenço e Mississipi-Missouri-Ohi) também aproveitam bem o potencial dos rios dos seus países.

 

Curiosidades

 

– Quem administra as hidrovias brasileiras é a Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ);

– Civilizações antigas já utilizavam os rios para transporte, que era feito em grandes troncos de árvores;

– As primeiras hidrovias brasileiras foram construídas na década de 80 – trechos da “Tietê-Paraná”

– As hidrovias podem ser marítimas (mares), fluviais (rios) ou lacustres (lagos).

 

Fontes pesquisadas:

 

todamateria.com.br

ambientes.ambientebrasil.com.br

brasilescola.uol.com.br

correiobraziliense.com.br

mundoeducacao.uol.com.br

exame.com.br

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