Quando se fala em exportação brasileira, os dois primeiros países que vêm à cabeça são China e Estados Unidos.
De fato, esses dois países são os que mais importam nossos produtos. Porém existe um mercado mundial com vários outros países que compram nossos produtos e contribuem para nossa balança comercial.
Neste blog post você vai saber quais são eles, os produtos que mais importam e como os pequenos produtores podem exportar. Mas antes vamos saber um pouco mais sobre o mercado brasileiro de exportações.
Exportações brasileiras
Hoje o Brasil ocupa o 25º lugar no ranking dos maiores exportadores mundiais. Esses dados são da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em 2021 exportamos US$ 281 bilhões, uma alta de 34% em comparação ao ano anterior.
A explicação deste crescimento está no salto do preço das commodities, principalmente o minério de ferro, petróleo e soja.
Mas qual a importância da exportação?
Os benefícios são vários: o primeiro e mais direto, como vimos acima, é a geração de renda para o país. Em seguida vêm a criação e manutenção dos empregos, aumento da qualificação dos trabalhadores, desenvolvimento da indústria e das empresas.
Entre os benefícios mais subjetivos estão o destaque no Brasil no mapa do comércio, como fornecedor de boa matéria prima e produtos, além do reconhecimento do nosso país no exterior.
Brasil exporta para vários outros países
Entre os países que mais importam no Brasil, com exceção de China e EUA, estão nações da América Latina, Japão, Europa e Canadá.
Veja abaixo o valor movimentado em 2020 por estes principais parceiros comerciais. Os valores estão representados em bilhões de dólares*.
1º Argentina – US$ 8,488
2º Países Baixos (Holanda) – US$ 7,382
3º Canadá – US$ 4,229
4º Japão – US$ 4,127
5º Alemanha – US$ 4,123
6º Espanha – US$ 4,056
7º Chile – US$ 3,849
8º México – US$ 3,829
*Dados da fazcomex.com.br
Veja o que cada país mais importa do Brasil:
Argentina: automóveis, peças automotivas, produtos industriais diversos;
Holanda: estruturas flutuantes, embarcações e plataformas;
Japão: milho, minério de ferro e aves;
Alemanha: café, minério de cobre, soja;
Espanha: petróleo, fungicidas e herbicidas;
Chile: vinho, frutas e nozes não oleaginosos;
México: alimentos industrializados, tabaco e produtos químicos
E como funciona o processo de exportação?
Para que um país importe um produto ou matéria-prima é necessário que ele não o produza da maneira necessária ou que não o tenha em quantidade suficiente para suprir a demanda.
Porém antes de exportar é preciso seguir uma série de medidas legais que levam em conta não apenas leis brasileiras, mas as de comércio exterior também.
É por isso que existem os padrões internacionais de comércio. Eles garantem a qualidade e a segurança de produtos e serviços.
Esses padrões podem determinar as características físicas e até mesmo a forma como o produto deve ser produzido.
Então para que um país possa exportar para outro ele precisa seguir estes cinco critérios: qualidade, apresentação do produto, contabilidade, competitividade e presença digital.
Existe também uma certificação internacional (ISSO 9001) que é usada no mundo todo e que facilita muito o trânsito e a entrada de mercadorias em outros países.
E mais: alguns países fazem questão de que as embalagens e as informações do produto tenham a língua do país de destino.
Pequenos produtores podem se beneficiar da exportação
De acordo com o Sebrae os pequenos produtores têm condições de exportar, mas infelizmente são poucos os que conseguem.
Isso porque a principal dificuldade é a falta de capital para fazer os investimentos necessários tanto com documentação e com a produção: é preciso ter um excelente produto com regularidade e escalabilidade, ou seja, se a demanda crescer, é preciso que ele tenha estrutura para atendê-la.
Por isso, antes de começar a pensar em exportar, é preciso que o pequeno produtor faça um bom planejamento. Veja o que é preciso fazer:
– Verificar se a produção tem demanda no exterior;
– Ter uma atividade sustentável e com responsabilidade ambiental são fatores desejáveis;
– Ter um preço competitivo;
– Verificar as especificações das embalagens que podem mudar de acordo com o país;
– Providenciar a documentação necessária para o exercício da atividade;
– Conhecer as exigências de cada país, elas podem ser diferentes;
Crédito rural pode ajudar
Pequenos produtores podem ter acesso ao crédito rural. Ele foi criado para melhorar os processos de trabalho tanto deles como das cooperativas, garantindo que sejam mais competitivos, mas também pode ser usado para custeio da produção e vendas.
Para ter acesso ao crédito rural o produtor precisa procurar uma instituição financeira credenciada.
Na agência ele conseguirá as informações necessárias para a melhor modalidade de crédito de acordo com o seu perfil e documentos pertinentes.
Saiba mais sobre crédito rural aqui!
E como fazer?
Se você é pequeno produtor rural, acesse a página do Governo Federal. Lá você vai encontrar o passo a passo para exportar seus produtos!
Fontes pesquisadas:
gs1br.org
santandernegocioseempresas.com.br
fazcomex.com.br
allog.com.br
g1.globo.com
gov.br
fia.com.br